Árvores de boa semente: silvicultura, preservação da natureza e agricultura na Primeira República
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2015v8n16p227Palavras-chave:
Patrimônio natural, Agricultura, SilviculturaResumo
Este artigo é uma análise do pensamento em prol da silvicultura e da preservação das florestas brasileiras e do seu papel na organização e feitura do Serviço Florestal no Brasil durante a Primeira República. Foram analisados também a forte vinculação dessas ideias com os setores agrícolas. Nesse sentido, é um estudo sobre a valorização da ciência no Brasil e sua inserção tanto na agricultura como na exploração das riquezas naturais, mas especificamente, as florestas. Aborda com esse intuito o pensamento de cientistas, agricultores e estadistas reproduzidos em uma documentação que envolve o Ministério da Agricultura, revistas científicas e agrícolas, folhetos das secretárias da agricultura, dentre outros. Enfim, privilegia-se uma perspectiva teórica fundada na História ambiental, sintonizando o trabalho com questões econômicas.Downloads
Referências
REVISTA A LAVOURA, Rio de Janeiro, dez. 1897.
REVISTA A LAVOURA, Rio de Janeiro, maio 1920.
REVISTA A LAVOURA, Rio de Janeiro, p. 73, jan./fev. 1918.
REVISTA DO MUSEU PAULISTA. São Paulo, 1911.
REVISTA FLORESTAL DO BRASIL, [S. l.], n. 5, nov. 1902.
BIBLIOGRAFIA
ANDRADE, E. N. Utilidade das florestas. São Paulo: Tip. L. Alongi, 1912.
ARAÚJO, N. A. Pioneiros e hegemonia: a construção da agronomia como campo científico na Bahia (1832-1911). 2010. Tese (Doutorado em História) - PPGH/UFF, Nitéroi, 2010.
BARBOZA, C. H. História da meteorologia no Brasil (1887-1917). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA, 14., 2006, Florianópolis. Anais ... Rio de Janeiro: SBMET, 2006. v. 1. p. 1-6.
BHERING, M. J.; MAIO, M. C. Ciência, positivismo e agricultura: uma análise do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio na Primeira República. Varia Historia, Belo Horizonte, v. 27, n. 46, p. 689-709, jul./dez. 2011.
BRASIL. Coleção de leis da República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1889-1930.
BRASIL. Decreto nº. 17.042 de 16 de setembro de 1925. Coleção de Leis da República do Brasil de 1925. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1925a.
BRASIL. Decreto nº. 4.421 de 28 de dezembro de 1921. Coleção de Leis da República do Brasil de 1921. Rio de Janeiro: Tipografia Nacional, 1921.
BRASIL. Divisão de Geologia e Mineralogia. Boletim, 1926.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Relatório apresentado ao presidente da República dos Estados Unidos do Brasil pelo Ministro da Agricultura Miguel Calmon du Pin e Almeida no ano de 1925. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1929.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Tipografia do serviço de Estatística de setembro a outubro de 1912. Boletim, Rio de Janeiro, jun. 1925b.
BRASIL. Ministério da Agricultura. Florestas e silvicultura nos Estados Unidos: relatório preparado para a Comissão dos Estados Unidos de América para a exposição do Centenário do Brasil. Washington: Imprensa Nacional, 1922.
BRASIL. Relatório apresentado à Assembleia Geral Legislativa pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, José Fernandes da Costa Pereira Júnior. Rio de Janeiro: Tipografia Americana, 1875.
BRASIL. Relatório da repartição dos negócios da agricultura, comércio e obras públicas apresentado à Assembleia Geral Legislativa pelo respectivo Ministro e Secretário de Estado, Manoel Felizardo de Souza e Mello. Rio de Janeiro: Tip. Universal de Laemmert, 1861.
DE LUCA, T. R. A revista do Brasil: um diagnóstico para a (N)ação. São Paulo: Fundação Editora da Unesp, 1999.
DEAN, W. A ferro e a fogo: a história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
DELANEY, L. T.; LLOYD, R. Impressões do Brasil no Século XX. Londres: Lloyds Greater Britain Publishing Company, 1913.
FIGUEIRÔA, S. F. M. ‘Batedores da ciência’ em território paulista: expedições de explorações e a ocupação do ‘sertão’ de São Paulo na transição para o século XX. História, Ciências e Saúde: Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 763-777, jul./set. 2008.
FRANCO, J. L. A.; DRUMMOND, J. A. Proteção à natureza e identidade nacional no Brasil anos 1920-1940. Rio de Janeiro: Editora da Fiocruz, 2009.
GUYOT, C. L’enseignememt forestier em France: l’École de Nancy. Nancy: Crépin-Leblond, 1898.
HAMBURGER, A. I. et al. (Org). A ciência nas relações Brasil-França (1850-1950). São Paulo: Edusp, 1996.
HOBSBAWN, E. Da revolução industrial inglesa ao imperialismo. Rio de Janeiro: Forense, 1986.
HOUAISS. Dicionário eletrônico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
LEFF, E. Ecologia, capital e cultura: a territorialização da racionalidade ambiental. Petrópolis: Vozes, 2009.
MARTINI, A. J. O plantador de eucaliptos: a questão da preservação florestal no Brasil e o resgate documental do legado de Edmundo Navarro de Andrade. 2004. Dissertação (Mestrado) - USP, São Paulo, 2004.
MENDONÇA, S. R. Ruralismo: agricultura, poder e estado na primeira república. 1990. Tese (Doutorado) - FFLCH/USP, São Paulo, 1990.
MINAS GERAIS. Secretária de Agricultura. Serviço de Estatística. Cartograma da produção, extrativa, agrícola e pecuária. Minas Gerais, 1929.
MONZOTE, R. F. Tierras cansadas y quemadores de bagazo verde. La interacción com el médio natural y los câmbios em la industria azucarera cubana desde mediados del XIX. In: PIQUERAS, J. A. (Org.). Azúcar y esclavitud em el final del trabajo forzado. México D. F.:Fondo de Cultura Económica, 2002.
MONZOTE, R. F. De bosque a sabana. azúcar, deforestación y medioambiente en Cuba, 1492-1926. México: Siglo XXI Editores, 2004.
PÁDUA, J. A. Natureza e projeto nacional: as origens da ecologia política no Brasil. In: PÁDUA, J. A. (Org.). Ecologia e política no Brasil. Rio de Janeiro: Espaço e Tempo, 1987.
PICARD, J. Usinas açucareiras de Piracicaba, Villa-Haffard, Porto Feliz, Lorena e Cupim: missão de inspeção do Senhor J. Picard, Engenheiro, de 1 de março a 15 de julho de 1903. São Paulo: Hucitec, 1996.
SAMPAIO, A. J. O problema florestal no Brasil em 1926. Relatório sucinto visando a Phypotechnia e a Phytogeographia, abr./maio 1926.
SCHAMA, S. Paisagem e memória. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
SEVCENKO, N. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA - SNA. Primeiro Congresso Nacional da Agricultura. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1907. v. 1 e 2.
SOCIEDADE NACIONAL DE AGRICULTURA - SNA. Projeto e parecer sobre a criação do Ministério da Agricultura, Indústria e comércio apresentado ao congresso nacional pelo deputado Dr. Joaquim Ignácio Tosta. Rio de janeiro: Imprensa Nacional, 1906.
STEIN, S. J. Grandeza e decadência do café no Vale do Paraíba. São Paulo: Brasiliense, 1981.
THOMAS, K. O homem e o mundo natural. São Paulo: Companhia de Letras, 1996.
WELCH, C. Policultura. In: MOTTA, M. (Org.). Dicionário da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005. p. 355-357.
WHITE, R. Você é um ambientalista ou trabalha para se sustentar: trabalho e natureza. Topoi, Rio de Janeiro, v. 14, n. 27, p. 472-491, jul./dez. 2013.
WILLIAMS, R. Culture & society: 1780-1950. New York: University Press, 1983.
WORSTER, D. ¿Por qué necesitamos de la historia ambiental?. Revista Tareas, Panamá, n. 117, p. 119-131, may/ago. 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A Revista Antíteses adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do(s) autor (es), que cedem à Revista Antíteses o direito de exclusividade de primeira publicação.
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/