“Esses chamados intelectuais de esquerda”: o IPM do PCB e o fenômeno do comunismo na produção cultural do pósgolpe
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2015v8n15p219Palavras-chave:
Ditadura militar, Inquéritos militares, Comunismo, IntelectuaisResumo
Entre as muitas ações de investigação adotadas pelos militares com a intenção de coletar informação sobre a chamada “subversão comunista” no pó-golpe, em 1964, uma das formas que muito se destacou foi o Inquérito Policial-Militar (IPM). Esse instrumento de investigação tinha por finalidade a coleta de provas e indícios que, posteriormente, serviriam de base para processos penais com base na Lei de Segurança Nacional (JSN). Entre os IPMs que ganharam maior repercussão estava o do Partido Comunista Brasileiro (PCB), sobretudo porque ele serviu de ponto de partida para outros inquéritos que se desdobraram em investigações específicas. Uma delas, que será abordada nesse artigo, diz respeito à organização de uma intelectualidade de esquerda que, se antes do golpe fundamentou um debate sobre o pensamento político e social no Brasil, após o golpe ganhará projeção ainda maior pela sua atuação na resistência ao regime militar. No IPM do PCB o “intelectual de esquerda” ou o “intelectual comunista” são definidos pelos relatórios militares como elementos portadores de um discurso sofisticado de propaganda soviética, logo, deveriam ser investigados em profundidade pelos serviços de informações.Downloads
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