Implantação do estado de Israel e a gênese dos conflitos israelo/árabes
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2014v7n14p543Palavras-chave:
Israel, Palestina, Sionismo, Oriente MédioResumo
Objetivamos demonstrar principalmente, através da análise histórica e da política internacional, que a gênese dos conflitos no Oriente Médio, entre judeus e árabes, está inserida dentro de um contexto global e tem seu cerne em interesses imperialistas e também no bipolarismo surgido após a Segunda Guerra Mundial, e não em rivalidades ou ódios seculares entre povos, muito embora o discurso étnico/religioso tenha muitas vezes conseguido mascarar a realidade desse antagonismo, originário do século XX, que adentrou o XXI sem perspectivas de resolução. A História demonstra que se, por um lado, judeus e árabes tiveram alguns “ínterins conflituosos’’, principalmente na aurora do Islã, por outro lado, conviveram pacificamente e produtivamente durante séculos, como no Califado Omíada da Espanha e em outras regiões. A proclamação do Estado de Israel em 1948, muito embora tenha se configurado numa solução de compromisso para o problema anti/semita no continente europeu, redundara, entretanto, e paradoxalmente, num novo estranhamento e em novos conflitos, agora entre judeus e árabes habitantes da Palestina e de todo o Oriente Médio. As potências europeias, nesse contexto, desaguam uma contradição que é sua no mesmo movimento em que reiteram seus preconceitos, transportando-os para o Médio Oriente e agravando o quadro sensivelmente com a Guerra Fria e o confronto entre Estados Unidos e União Soviética, que farão da região – rica em recursos energéticos imprescindíveis ao Ocidente – palco de seu enfrentamento, tornando pior uma situação que já era desesperada ao extremo.Downloads
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