Sentidos do passado no museu: concordância e dissonância de vozes
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2012v5n10p567Palavras-chave:
Museu, Memória, Educação histórica, Ensino de históriaResumo
O artigo analisa, a partir de um jogo de vozes, gestos e de deslocamentos corporais, durante uma visita guiada de alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) ao Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte, sentidos do passado ali enunciados sobre temáticas atinentes ao universo do trabalho no Brasil pré- industrial. Com o objetivo de problematizar a relação memória e história na perspectiva da educação histórica, tais enunciações verbais e não verbais foram documentas por meio de registros fílmico, sonoro e impresso. O diálogo entre dados e referencias teórica permitiu-nos evidenciar tanto o valor do museu como espaço de memória para a educação histórica, como os desafios aí presentes para prática docente em salas de aula, nos momentos antes, durante e pós – visita a museus.Downloads
Referências
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1999.
BENJAMIN, Walter. Obras escolhidas magia e técnica, arte e política. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 2008.
BORGES, Eliza Linhares. Memória e oralidade: o saber dos pequenos artífices. In: LOUREIRO, Helena Maria M.; FIGUEIREDO, Betânia G. (org.). Seminário de Ação educativa. Belo Horizonte: Mazza, 2007.
CERTEAU, Michel De. A invenção do cotidiano: as artes de fazer. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 2007.
CHAGAS, Mário de Souza. Casas e portas da memória e do patrimônio. Em Questão, Porto Alegre, v. 13, n. 2, p. 207-224, jul./dez. 2007.
CHAGAS, Mário de Souza. Há uma gota de sangue em cada museu: a ótica museológica de Mário de Andrade. Chapecó: Argos, 2006.
CHAGAS, Mário de Souza. Memória e poder: dois movimentos. Cadernos de Sociomuseologia, Lisboa, v. 19, n. 19, p. 43-81, 2002.
CHARTIER, Anne-Marie. Fazeres ordinários da classe: uma aposta para a pesquisa e para a formação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 157-168, 2000.
ECO, Umberto. Obra aberta: forma e indeterminação nas poéticas contemporâneas. São Paulo: Perspectiva, 2005.
FENELON, Déa. Memórias profissionais. Educação em Revista, Belo Horizonte, n. 47, p. 241-270, jun. 2008.
FERNANDES, Antonia Terra de Calazans. Artesãos em São Paulo. História & Ensino, Londrina, v. 7, p. 47-60, 2001.
LARA, Sílvia Hunold. Campos da violência. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
MATOSO, Kátia. Ser escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1982.
MENESES, Ulpiano T. Bezerra. A exposição museológica e o conhecimento histórico. In: FIGUEIREDO, Betânia G.; VIDAL, Diana G. (org.). Museus: dos gabinetes de curiosidades à museologia moderna. Belo Horizonte: Argmentvum, 2005. p. 15-84.
MUSEU DE ARTES E OFÍCIOS. Trilhas e Trilhos: a proposta do setor educativo do MAO. Disponível em: http://www.mao.org.br/educativo/edu_default.as. Acesso em: 10 abr. 2011.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História, São Paulo, n. 10, p. 7-28, 1993.
PAIVA, Eduardo França. Escravidão e universo cultural na colônia: Minas Gerais, 1716-1789. Belo Horizonte: EDUFMG, 2001.
PAIVA, Eduardo França. Escravos e libertos nas Minas Gerais do século XIX: estratégias de resistência através dos testamentos. São Paulo: Annablume, 1995.
PEREIRA, Júnia S.; SIMAN, Lana Mara C. Andarilhagens em chão de ladrilhos. In: FONSECA, Selva Guimarães. Ensinar e aprender história: formação, saberes e práticas educativas. Campinas: Alínea, 2009. p. 277-295.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. S. Ressentimento e ufanismo: sensibilidade do sul profundo. In: BRESCAINI, Maria Stella M.; NAXARA, Márcia Regina C. (org.). Memória (res) sentimento: indagações sobre uma questão do sensível. Campinas: Unicamp, 2001. p. 223-238.
RAMOS, Francisco R. L. A danação do objeto: o museu no ensino de História. Chapecó: Argos, 2008.
REIS, João José; SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Cia. da Letras, 1989.
RICOEUR, Paul. A memória, a história, o esquecimento. Campinas: UNICAMP, 2007.
RÜSEN, Jörn. Como dar sentido ao passado: questões relevantes de meta-história. História e historiografia, Rio de Janeiro, n. 2, p. 163-209, mar. 2009.
RÜSEN, Jörn. História viva: teoria da história III: formas e funções do conhecimento histórico. Brasília: UNB, 2007.
SILVA, Rogério Chaves. Método e sentido: a pesquisa e a historiografia na teoria de RÜSEN, Jörn. Fronteiras: Revista Catarinense de História, Florianópolis, n. 17, p. 33-55, 2009.
SIMAN, Lana M. de C. Práticas culturais e práticas escolares: aproximações e especificidades no ensino de História. História & Ensino, Londrina, v. 9, p. 185-203, 2003.
SLENES, Robert. Na senzala, uma flor: esperanças e recordações da família escrava – Brasil, Sudeste, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2012 Antíteses
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Revista Antíteses adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do(s) autor (es), que cedem à Revista Antíteses o direito de exclusividade de primeira publicação.
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/