Os currículos para o ensino de história: entre a formação, o prescrito e o praticado
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2012v5n10p613Palavras-chave:
Currículo, Ensino de história, Formação de professores, Cotidiano escolar, PIBIDResumo
Este artigo analisa as relações entre o currículo da formação inicial para a docência em história e o currículo escolar para o ensino da disciplina. Tem-se como pressuposto que a formação inicial tem influência decisiva nas análises que os licenciandos e ingressantes no magistério fazem acerca do currículo escolar, e que tais análises não se restringem ao prescrito. Inicialmente, apresentamos nossas considerações acerca das trajetórias das atuais prescrições curriculares para o ensino de história. Posteriormente, analisamos dados sobre como o currículo da formação inicial é incorporado por licenciandos que atuam em escolas públicas, e em que medida tal formação interfere nas análises e nas intervenções que os licenciandos fazem no currículo escolar. Os dados apresentados estão vinculados às intervenções didáticas e pedagógicas realizadas por licenciandos que estão inseridos no PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. É possível verificar que os licenciandos em atuação nas escolas conseguem identificar como a sua formação teórica possibilita a análise e a intervenção na prática curricular das escolas. Não obstante a análise do currículo escolar possibilita uma leitura distanciada e qualitativa da formação inicial, permitindo-lhes a proposição de modificações em ambas as estruturas curriculares.Downloads
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