Os currículos para o ensino de história: entre a formação, o prescrito e o praticado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2012v5n10p613

Palavras-chave:

Currículo, Ensino de história, Formação de professores, Cotidiano escolar, PIBID

Resumo

Este artigo analisa as relações entre o currículo da formação inicial para a docência em história e o currículo escolar para o ensino da disciplina. Tem-se como pressuposto que a formação inicial tem influência decisiva nas análises que os licenciandos e ingressantes no magistério fazem acerca do currículo escolar, e que tais análises não se restringem ao prescrito. Inicialmente, apresentamos nossas considerações acerca das trajetórias das atuais prescrições curriculares para o ensino de história. Posteriormente, analisamos dados sobre como o currículo da formação inicial é incorporado por licenciandos que atuam em escolas públicas, e em que medida tal formação interfere nas análises e nas intervenções que os licenciandos fazem no currículo escolar. Os dados apresentados estão vinculados às intervenções didáticas e pedagógicas realizadas por licenciandos que estão inseridos no PIBID - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. É possível verificar que os licenciandos em atuação nas escolas conseguem identificar como a sua formação teórica possibilita a análise e a intervenção na prática curricular das escolas. Não obstante a análise do currículo escolar possibilita uma leitura distanciada e qualitativa da formação inicial, permitindo-lhes a proposição de modificações em ambas as estruturas curriculares.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Olavo Pereira Soares, Universidade Federal de Alfenas - UNIFAL

Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. Professor da Universidade Federal de Alfenas.

Referências

BARRETO, Elba Siqueira de Sá. Tendências recentes do currículo no ensino fundamental no Brasil. In: BARRETO, Elba Siqueira de Sá. (org.). Os currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras. 2. ed. Campinas: Autores Associados, 2000. p. 5-42.

BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos entre textos e imagens. In: BITTENCOURT, Circe. O saber histórico na sala de aula. 9. ed. São Paulo: Contexto, 2004. p. 69-90.

BRASIL. MEC. Secretaria Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais (1ª a 4ª séries) - História. Brasília, 1997.

BRASIL. MEC. Secretaria Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais (5ª a 8ª séries) - História. Brasília, 1998.

CARVALHO, José Sergio. A teoria na prática é outra? Considerações sobre as relações entre teoria e prática em discursos educacionais. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 47, p. 307-322, 2011.

DUARTE, Newton. Vigotski e o “aprender a aprender”: críticas às apropriações neoliberais e pós-modernas da teoria vigotskiana. 2. ed. São Paulo: Autores Associados, 2001.

FONSECA, Selva Guimarães. Caminhos da história ensinada. 7. ed. Campinas: Papirus, 2003.

FONSECA, Thais Nivia de Lima e. História e ensino de história. 2. ed. Belo Horizonte: Autentica, 2004.

FRANCO, Maria Amélia. Pedagogia da pesquisa-ação. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 483-502, 2005.

GOODSON, Ivor. Currículo, narrativa e o futuro social. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 35, p. 3241-3252, 2007.

GOODSON, Ivor. Currículo: teoria e história. 8. ed. Petrópolis: Vozes, 2008.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação de Minas Gerais. Conteúdos básicos comuns: história, ensinos fundamental e médio. Disponível em: http://crv.educacao.mg.gov.br/sistema_crv/banco_objetos_crv/%7B80A9F6A7-110D-42C2-ACB1-A52372D19CB6%7D_LIVRO%20DE%20HISTORIA.pdf. Acesso em: 21 mar. 2011.

OLIVEIRA, Margarida; FREITAS, Itamar. Currículos de história e expectativas de aprendizagem para os anos finais do ensino fundamental no Brasil (2007-2012). Revista História Hoje, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 269-304, 2012.

OLIVEIRA, Marta Kohl. Organização conceitual e escolarização. In: OLIVEIRA, Marta Kohl; OLIVEIRA, Marcos Barbosa (org.). Investigações cognitivas: conceitos, linguagem e cultura. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p. 81-99.

OLIVEIRA, Sandra Regina Perreira. O tempo, a criança e o ensino de história. In: ZAMBONI,Ernesta; DE ROSSI, Vera Lúcia (org.). Quanto tempo o tempo tem! Campinas: Alínea, 2003. p. 145-172.

PACHECO, Ricardo de Aguiar. Os saberes da história: elementos para um currículo escolar contemporâneo. Antíteses, Londrina, v. 3, n. 6, p. 759-776, 2010.

PENTEADO, Heloisa Dupa. A relação docência/ciência sob a perspectiva da pesquisa-ação. In: GARRIDO, Elsa; PENTEADO, Heloisa Dupas (org.). Pesquisa-ensino: a comunicação escolar na formação do professor. São Paulo: Paulinas, 2010. p. 21-31.

PIAGET, Jean. Psicologia da criança e ensino de história. In: PARRAT-DAYAN, Silvia; PIAGET, Jean; TRYPHON, Anastasia (org.). Sobre a pedagogia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998. p. 89-95.

REIS, Carlos Eduardo. História social e ensino. Chapecó: Argos, 2001.

SFORNI, Marta Sueli de Faria. Aprendizagem conceitual e organização do ensino: contribuições da teoria da atividade. Araraquara: Junqueira e Marin, 2004.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

VIGOTSKI, Lev Semenovich. Obras escogidas IV. 2. ed. Visor: Madrid, 2006.

YOUNG, Michael. O futuro da educação em uma sociedade do conhecimento: o argumento radical em defesa de um currículo centrado em disciplinas. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 48, p. 21-32, 2011.

Downloads

Publicado

15-03-2013

Como Citar

SOARES, O. P. Os currículos para o ensino de história: entre a formação, o prescrito e o praticado. Antíteses, [S. l.], v. 5, n. 10, p. 613–634, 2013. DOI: 10.5433/1984-3356.2012v5n10p613. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/13319. Acesso em: 19 mar. 2024.