PROCESSO DE FORMAÇÃO TERRITORIAL BRASILEIRO A PARTIR DA REVOLTA DA VACINA - RIO DE JANEIRO/RJ (1904) ASSOCIADO COM O MOVIMENTO ANTIVACINA ATUAL (COVID-19)
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2020.v6.43143Palavras-chave:
Reterritorialização, Gentrificação, Coronavírus.Resumo
A formação territorial brasileira e a constituição de um povo está repleta de violência, derramamento de sangue, autoritarismo e abuso de poder. Desse modo, este artigo tem como objetivo discutir como a revolta da vacina está ligada ao processo de formação do território do Brasil. Discorre sobre as consequências geradas para a população e como esse processo do início do século XX vem ocorrendo na sociedade novamente, mesmo passado um século - realizando associações a COVID-19. Aponta também os eventos acontecidos no Rio de Janeiro naquele momento para entender o motivo do ápice do descontentamento da população. O posicionamento dos jornais em relação aos fatos e a opinião de figuras políticas em ambos os momentos são relatados neste trabalho. Nas duas situações a recusa da vacina veio da população, porém em contextos diferentes, visto que no primeiro caso a população não recebe as informações devidas sobre a vacinação e, atualmente tem-se o acesso à informações, mas há uma descrença para com a ciência. O procedimento metodológico é constituído por levantamento bibliográfico e trabalho de campo. O artigo está estruturado em: introdução, materiais e métodos, referencial teórico, resultados e discussões, considerações finais e referências.
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