Perspectivas geográficas da inserção dos recursos hídricos no plano diretor municipal de Descalvado – SP
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2024.v10.49415Palavras-chave:
paisagem, sistemas ambientais, unidades de paisagemResumo
A sociedade tem exibido um padrão de desenvolvimento e crescimento das cidades que destaca a arrogância do ser humano e sua crença de superioridade em relação à natureza. Esta lógica perversa é espacializada na paisagem e na organização territorial, adotando os recursos naturais como produto particular, criando um cenário de contradições nos Sistemas Ambientais. Estas contradições que emergem da relação conflituosa entre o desejo do ser humano e o discurso da sustentabilidade, precisam de uma articulação holista de análise. Contraditórias a este contexto, as cidades brasileiras têm mostrado um padrão de crescimento que negligência o fator ambiental. Neste contexto, o presente trabalho objetivou identificar e avaliar as áreas de nascentes do município de Descalvado – SP e realizar uma análise geográfica da inserção destas no Plano Diretor da cidade. Foram criadas zonas de ocupação como unidades de paisagem para a atualização do plano. Foram estabelecidas as Zonas de Proteção Permanente (ZPP), Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) e a Zona de Expansão Urbana (ZEUR) como indicações frente às características do uso e ocupação da terra.
Downloads
Referências
AMORIM, Raul Reis. Um novo olhar na geografia para os conceitos e aplicações de geossistemas, sistemas antrópicos e sistemas ambientais. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 13, n. 41, p. 80–101, 2012. DOI: 10.14393/RCG134116613. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/16613. Acesso em: 10 jul. 2023. DOI: https://doi.org/10.14393/RCG134116613
BARREIROS, André Mateus. Da paisagem como objeto da geografia: repasse teórico e sugestão metodológica. 2017. 116 f. Tese (Doutorado em Ciências) – Departamento de Geografia, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, SP, São Paulo, 2017
BERTRAND, Georges. Paysage et géographie physique globale: esquisse méthodologique. Revue géographique des Pyrénées et du Sud-Ouest, Toulouse, FR, t. 39, f. 3, p. 249 –272, 1968. DOI: https://doi.org/10.3406/rgpso.1968.4553
BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Institui o novo código florestal brasileiro. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ano 149, n. 102, p. 1, 28 maio 2012.
DESCALVADO. Prefeitura Municipal. Câmara Municipal. Projeto de Lei nº 19/2015. Dispõe sobre a instituição do Plano Diretor do município de Descalvado, estabelece diretrizes gerais de política de desenvolvimento urbano e dá outras providências. Descalvado: Câmara Municipal, 2015.
DUTRA-GOMES, Rodrigo.; VITTE, Antônio Carlos. Geossistema e complexidade: sobre hierarquias e diálogo entre os conhecimentos. Ra'e Ga: Espaço Geográfico em Análise, Curitiba, PR, v. 42, p. 149-164, 2017. DOI: https://doi.org/10.5380/raega.v42i0.46746
EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. A EMBRAPA nos biomas brasileiros. 2006. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/82598/1/a-embrapa-nosbiomasbrasileiros.pdf. Acesso em 28/11/2019. Acesso em: 10 jul. 2023.
ERHART, Henri. A teoria bio-resistásica e os problemas biogeográficos e paleobiológicos. Notícia Geomorfológica, Campinas, SP, ano 6, n. 11, p. 51-58, jun. 1966.
GASPAR JÚNIOR, Lineu A. Investigação das características mineralógicas, químicas, texturais e tecnológicas de coberturas regolíticas argilosas da região de Alfenas (MG) visando sua aplicação industrial. 2009. 77 f. Relatório (Pós-Doutorado em Geociências) – Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto, MG, Ouro Preto, 2009.
IBGE. Brasil. São Paulo. Cidades. Descalvado. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/descalvado/panorama. Acesso em: 10 jul. 2023.
IBGE. Brasil. São Paulo. Descalvado. Pesquisas. Censo Agropecuário. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/descalvado/pesquisa/24/27745?tipo=ranking. Acesso em: 10 jul. 2023.
IBGE. Censo brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
LEPSCH, Igo F. 19 lições de pedologia. 2. ed. São Paulo: Oficina de textos, 2011.
NUNES, João Oswaldo Rodrigues. Práxis geográfica e suas conjunções. 2014. 150 f. Tese (Livre Docência em Geografia) - Faculdade de Ciência e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, SP, 2014.
RIBEIRO, Rafael Silva; DIAS, Gilmar Pauli. Carta geotécnica de aptidão à urbanização de Cataguases (MG): levantamento do histórico de ocupação territorial e proposta para a expansão urbana. Anuário do Instituto de Geociências - UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, v. 43, n. 2, p. 189-198, 2020. DOI: https://doi.org/10.11137/2020_2_189_198
RODRÍGUEZ, José Manuel Mateo; SILVA, Edson Vicente; VICENS, Raúl Sánchez. Nossos clássicos. O legado de Sochava. GEOgraphia, Niterói, RJ, ano 17, n. 33, p. 225-233, 2015. DOI: https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2015.v17i33.a13704
SOCHAVA, Viktor Borisovich. Modern geography and its tasks in Siberia and the Soviet Far East. Soviet Geography, London, v. 9, n. 2, p. 80 - 95, 1968. DOI: https://doi.org/10.1080/00385417.1968.10770960
VILLAÇA, Flávio. Uma contribuição para a história do planejamento urbano no Brasil. In: DEÁK, Csaba; SCHIFFER, Sueli Ramos (org.). O processo de urbanização no Brasil. São Paulo: EdUSP, 1999. p. 169-243.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Caio Adorno, Renata Adriana Garbossa Silva, Franciele Marilies Estevam, Otacilio Lopes de Souza da Paz
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre)
- Os autores cedem à Geographia Opprrtuno Tempore, direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Atribuição-NãoComercial-
CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Esta licença permite que terceiros façam download e compartilhem os trabalhos em qualquer meio ou formato, desde que atribuam o devido crédito de autoria, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais. Se você remixar, transformar ou desenvolver o material, não poderá distribuir o material modificado