Religiosidade Popular, Luta e Resistência: Legado cultural que perdura há 100 anos.
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2020.v6.37531Palavras-chave:
Território, contestado, resistênciaResumo
Este artigo apresenta uma perspectiva da formação do território enquanto espaço da vida cotidiana, na qual se manifestam as mais diversas relações de poder. Tem como objetivo analisar os aspectos culturais da religiosidade popular, ligadas a crença nos Monge João Maria, e suas relações enquanto forma de luta e resistência para preservar a identidade territorial. Através das imagens apresentadas dos espaços sagrados, procura-se refletir como essas influencias religiosas seculares, estão presentes na atualidade e se perpetuaram através da transmissão da cultura oral. Este artigo é resultado de pesquisa bibliográfica e trabalho de campo. Apresenta o conceito de território ligado as diversas relações que o compõem, na qual, opondo-se ao de poder hegemônico, consequentemente se desdobra em formas de luta e resistência. Neste contexto de formação territorial, enquanto espaço de luta e resistência, temos as representações culturais e simbólicas do monge José Maria, em quanto curandeiro, conselheiro e profeta, que mobiliza lideranças para a guerra do contestado. O cotidiano presente, através desses espaços históricos, na figura do monge João Maria e nas águas santas, levam a crenças que duram mais de cem. Na qual, vê-se a força dessa cultura, transmitida pela oralidade do povo caboclo, através da fé no Monge, que se configura como uma forma de resistência. Mostra que o espaço concreto que lhes é negado, se materializa na construção da simbologia da religiosidade popular.
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