Análise de polimorfismo cromossômico em Synallaxis frontalis Furnariidae (Aves: Passeriformes)
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp84Palavras-chave:
Morfologias Cromossômicas, Evolução Cariotípica, Synallaxis frontalisResumo
Dentro da classe Aves a Ordem Passeriformes possui o maior número de espécies com cariótipos descritos, mantendo uma semelhança numérica (2n=80). A espécie Synallaxis frontalis pertence à família Furnariidae, com ampla distribuição na região neotropical. Os rearranjos cromossômicos constituem eventos cromossômicos responsáveis por causar isolamento reprodutivo, fundamental no processo de especiação. O presente trabalho objetivou compreender as características e organização do polimorfismo cromossômico encontrado na população de Synallaxis frontalis. As amostras foram coletadas no município de São Gabriel - RS, conforme licença do SISBIO nº 44173-1, código 84942645 data 07/2014 até 12/2018 e da CEUA/UNIPAMPA sob protocolo nº 026/2012. Foram analisados 7 indivíduos (5 machos e 2 fêmeas), capturados com rede de neblina. As metáfases foram obtidas a partir da cultura de fibroblastos e cultivo de medula óssea de curta duração. Para a determinação do número diploide contou-se cerca de 20 metáfases de cada indivíduo com coloração convencional de Giemsa. A determinação sexual e identificação de áreas ricas em heterocromatina ocorreu a partir da técnica de bandeamento C. Synallaxis frontalis apresentou o número diploide (2n=82). O cariótipo das amostras SFRF1 (fêmea), SFRM2 e SFRM3 (machos) apresentaram polimorfismo no 1° par de cromossomos, com morfologia submetacêntrica/acrocêntrica. O cariótipo das amostras SFRF2 (fêmea), SFRM1 e SFRM4 (machos) apresentaram polimorfismo no 3° par de cromossomos, com morfologia submetacêntrica/acrocêntrica. O cariótipo da amostra SFRStand (macho) apresentou o cariótipo standard, com morfologia acrocêntrica em ambos os pares. Neste cariótipo a morfologia acrocêntrica apresenta-se entre o primeiro, segundo, terceiro, quinto e sexto pares. O quarto par apresenta morfologia submetacêntrica. O oitavo par e os cromossomos sexuais Z e W apresentaram morfologia metacêntrica, os demais pares apresentaram morfologia telocêntrica. Os dados apresentados neste trabalho apontam para a presença de polimorfismo cromossômico, entretanto, pouco se sabe sobre qual é a extensão desse polimorfismo e seu impacto na população. A ocorrência de rearranjos cromossômicos e possíveis inversões pericêntricas podem explicar os diferentes cariótipos encontrados na população. Os dados analisados representam mais um avanço para o melhor entendimento da evolução cariotípica das aves fazendo-se necessário, todavia, mais estudos na área.
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