Avaliação da multifatorialidade para dependência química entre infantes e adolescentes no estado do Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2010v31n1p83Palabras clave:
Dependência química, Criança e adolescente, Fatores condicionantes, Descritores de importância na causalidade, Rio de Janeiro.Resumen
Em 2005/06, um inquérito epidemiológico sobre a multifatorialidade para dependência química de crianças e adolescentes foi desenvolvido com 3.000 dependentes, em 28 municípios/8 regiões geográficas do Rio de Janeiro. Em cada município, Agentes Comunitários de Saúde e Mães Sociais selecionaram as amostras, com os requisitos: terem entre 4-16 anos, concordarem em ser voluntários, com a permissão dos responsáveis; terem paradeiro conhecido a mais de três anos no local. O questionário pré-elaborado foi respondido por todos, em forma livre de expressão. As opções de respostas de cada item foram transformadas em valores relativos percentuais, que foram comparados entre si pelo teste “z”, arbitrando-se alfa em 10%. Os 12 descritores de maior moda foram: desagregação familiar quando o pai abandona o lar (20%); desestruturação ou dissolução do núcleo familiar (14%); dependência química nas famílias (13%); prostituição materna (12%); violência doméstica (7%); maus tratos por parte do pai, da mãe, ou dos dois (6%); pai ou mãe presidiário (6%); falta de comprometimento dos pais biológicos (5%); negligência dos responsáveis (5%); abandono do lar por um ou dois genitores (4%); abuso sexual do menor por pai, padrasto/madrasta, tio/tia, primo/prima etc. (4%); mães solteiras que necessitam trabalhar (4%). Concluiu-se que: a desestruturação familiar é o principal fator condicionante para que crianças e adolescentes se tornem usuários dependentes químicos; tanto o pai, quanto a mãe são fundamentais na formação da criança/adolescente com conhecimento para não se tornar dependente químico; a realidade do flagelo do uso de drogas no Rio de Janeiro tem identidade com as situações em outros países; a falta, e o excesso de recursos financeiros dos provedores das crianças e adolescentes, condicionam a falta de atenção para estes, favorecendo a entrada no mundo das drogas; as cinco razões básicas para atração dos jovens ou consumo de drogas divulgadas pela OMS, acontecem no Rio de Janeiro.
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