Prevalência de cuidados paliativos em pacientes com síndrome de imobilidade em um serviço de atenção domiciliar
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2020v41n2p229Palavras-chave:
Imobilização, Cuidados paliativos, Serviços de assistência domiciliarResumo
Introdução: a síndrome de imobilidade (SI) é definida por critérios clínicos específicos, a saber, presença dos dois critérios maiores, declínio cognitivo e múltiplas contraturas e pelo menos dois dos menores, disfagia, afasia, lesão por pressão e dupla incontinência, tendo indicação de cuidados paliativos desde o momento de sua identificação.
Objetivo: determinar a prevalência da SI em pacientes em atendimento domiciliar e verificar a inclusão destes em cuidados paliativos.
Métodos: estudo documental, descritivo-exploratório e retrospectivo, coletados do prontuário dos pacientes do Serviço de Atendimento Domiciliar de Curitiba, no período de 1 a 31 de julho de 2018, totalizando 566 pacientes. Critérios de inclusão: idade igual ou superior a 18 anos, estar em atendimento domiciliar, apresentar critérios para SI. Critérios de exclusão: dados incompletos que impeçam a caracterização da SI. Foi utilizado o teste de associação de qui-quadrado e o teste da ANOVA. Considerou-se o p ? 0,05 com significância estatística.
Resultados: 56 (9,9%) apresentaram critérios para SI. A ocorrência da SI no sexo feminino foi de 13,1% e no masculino 6,1%, com significância estatística (p=0,0218). A média de idade de 72,43. Quanto aos critérios menores, n=56 (100%) tinham dupla incontinência, n=48 (83,9%) disfagia, n=41 (73,2%) afasia e n=31 (55,4%) lesões por pressão. Dos pacientes com SI, 44,46% estavam em cuidados paliativos.
Conclusão: a SI foi associada ao sexo feminino, a média de idade foi 72,43 anos. A prevalência foi de 9,9%, dos quais somente 44,46% estavam em cuidados paliativos, o que nos aponta que o atendimento domiciliar não está ofertando aos seus pacientes o melhor atendimento possível.
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