Avaliação de marcadores citogenéticos e genotóxicos em agentes de combate a endemias do Brasil Central ocupacionalmente expostos a pesticidas

Autores/as

  • Daniela de Melo e Silva Universidade Federal de Goiás
  • Fernanda Craveiro Franco Universidade Federal de Goiás
  • Alessandro Arruda Alves Universidade Federal de Goiás
  • Fernanda Ribeiro Godoy Universidade Federal de Goiás
  • Wanessa Fernandes Carvalho Universidade Federal de Goiás
  • Aparecido Divino da Cruz Pontifícia Universidade Católica de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp101

Palabras clave:

Transcriptoma, Translocação 14-18, Ensaio cometa

Resumen

A dengue é um enorme problema de saúde pública no Brasil, particularmente no estado de Goiás. A melhor maneira de evitar esta doença é eliminar os vetores do mosquito com a aplicação de pesticidas. Agentes de combate a endemias (ACEs) são os responsáveis pela aplicação dos pesticidas, tornando-se ocupacionalmente expostos a estes compostos. Vale ressaltar que além das avaliações clínicas usuais realizadas em indivíduos ocupacionalmente expostos a pesticidas, a análise de marcadores citogenéticos e de genotoxicidade são necessárias visando, principalmente, prevenir o aparecimento, a longo prazo, de doenças reconhecidamente associadas com a exposição estocástica a pesticidas, tais como o câncer. Neste contexto, investigamos os efeitos citogenéticos e genômicos causados pela exposição ocupacional experimentada por 200 ACEs. Foram avaliados os danos do DNA pelo ensaio cometa, dois genes GST (GSTM1 e GSTT1), responsáveis pela detoxificação de xenobióticos, por PCR em tempo real, a translocação t (14; 18), por hibridação fluorescente in situ (FISH) e um painel genético de expressão diferencial, de subgrupos de ACEs e do grupo controle, com a utilização da plataforma da Affymetrix, com o GeneChip® WT PLUS Reagent Kit. Foram identificados aumentos do dano do DNA nos ACEs em comparação com o grupo controle (7,832 ± 10,384 e 4,714 ± 3,835, respectivamente, p = 0,003), que não estava relacionado com o status sociodemográfico, estilo de vida e exposição ocupacional. No entanto, observou-se um aumento do dano do DNA relacionado ao genótipo GSTM1 positivo (p = 0,047). Além disso, a frequência da translocação t (14; 18) (p = 0,000) e danos ao DNA (p = 0,015), no sangue periférico dos ACEs, foram maiores nos indivíduos que relataram intoxicação aguda. O padrão de expressão de genes diferenciais mostrou um desequilíbrio na expressão de transcritos relacionados com o sistema imune, reação inflamatória, manutenção celular, apoptose, câncer de cabeça e pescoço e doença de Alzheimer. Assim, vale ressaltar a relevância do uso apropriado de equipamentos de proteção individual e cuidados durante o uso de pesticidas pelos ACEs, para evitar doenças a longo prazo.

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Biografía del autor/a

Daniela de Melo e Silva, Universidade Federal de Goiás

Profa. Adjunta do Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

Fernanda Craveiro Franco, Universidade Federal de Goiás

Doutorando em Genética e Biologia Molecular, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

Alessandro Arruda Alves, Universidade Federal de Goiás

Doutorando em Genética e Biologia Molecular, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

Fernanda Ribeiro Godoy, Universidade Federal de Goiás

Doutorando em Genética e Biologia Molecular, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

Wanessa Fernandes Carvalho, Universidade Federal de Goiás

Doutorando em Genética e Biologia Molecular, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO

Aparecido Divino da Cruz, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Prof. Titular da Escola de Ciências Agrárias e Biológicas, Núcleo de Pesquisas Replicon, Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiânia-GO..

Publicado

2018-02-16

Cómo citar

1.
Silva D de M e, Franco FC, Alves AA, Godoy FR, Carvalho WF, Cruz AD da. Avaliação de marcadores citogenéticos e genotóxicos em agentes de combate a endemias do Brasil Central ocupacionalmente expostos a pesticidas. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16 de febrero de 2018 [citado 24 de noviembre de 2024];38(1supl):101. Disponible en: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29489