Efeito anti-inflamatório do gengibre e possível via de sinalização

Autores

  • Nichelle Antunes Vieira Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Fernanda Nogueira Tomiotto Universidade Estadual de Londrina - uel
  • Gabriella Pasqual Melo Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Marília Fernandes Manchope Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Nicole Ribeiro de Lima Universidade Estadual de Londrina - UEL
  • Gabriela Gonçalves de Oliveira Universidade de São Paulo - USP
  • Maria Angélica Ehara Watanabe Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2014v35n1p149

Palavras-chave:

Zingiber officinale Roscoe, Gingerol, Shogaol, Inflamação.

Resumo

O gengibre (Zingiber officinale Roscoe) vem sendo utilizado tanto na medicina natural tradicional quanto contemporânea, sendo descritos mais de 115 componentes do gengibre fresco e seco. Dentre esses componentes, os compostos fenólicos, gingerol e o shoagol, têm sido amplamente estudados apresentando diferentes propriedades destas moléculas como efeito antipirético, analgésico, inibidor da angiogênese, atividades imunomoduladoras, entre outras. Esta revisão tem como objetivo apresentar os componentes do gengibre assim como o seu efeito antagônico sobre o lipopolissacarídeo (LPS), propriedade anti- inflamatória e possível via de sinalização envolvida. O efeito do gengibre sobre o LPS consiste na inibição da produção de Interleucina 12 (IL -12), resultando em menor ativação de macrófagos induzidos pelo LPS; diminuição na expressão de moléculas co-estimulatórias e expressão de MHC classe II e diminuição de Interleucina 2 (IL-2), suprimindo a ativação e proliferação de células T CD4+. A propriedade anti-inflamatória do composto está relacionada com a capacidade de modular o linfócito T, de forma a inibir a eosinofilia, reduzir a quantidade de mastócitos, inibir a liberação de IL-4 e reduzir a resposta Th2. Além disso, pode ocorrer inibição da translocação da subunidade p65 para o núcleo e inibição da fosforilação do complexo IkB-?, culminando com a diminuição dos níveis de COX- 2. Através deste estudo, podemos concluir que componentes do gengibre podem atuar antagonicamente sobre o efeito de ativação do LPS em macrófagos, conduzindo um efeito imunomodulador e anti-inflamatório, no qual a possível via de sinalização afetada seja do NFkB com envolvimento das MAPquinases.

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Biografia do Autor

Nichelle Antunes Vieira, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Graduanda do Curso de Biomedicina da Universidade Estadual de Londrina - UEL

Fernanda Nogueira Tomiotto, Universidade Estadual de Londrina - uel

Graduanda do Curso de Biomedicina da Universidade Estadual de Londrina - UEL

Gabriella Pasqual Melo, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Graduanda do Curso de Biomedicina da Universidade Estadual de Londrina - UEL

Marília Fernandes Manchope, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Graduanda do Curso de Biomedicina da Universidade Estadual de Londrina - UEL

Nicole Ribeiro de Lima, Universidade Estadual de Londrina - UEL

Graduanda do Curso de Biomedicina da Universidade Estadual de Londrina - UEL

Gabriela Gonçalves de Oliveira, Universidade de São Paulo - USP

Doutora em Patologia Experimental. Aluna de Pós doutorado na Faculdade de Medicinal de Ribeirão Preto - USP

Maria Angélica Ehara Watanabe, Universidade Estadual de Londrina

Doutora em Ciências Biológicas-bioquímica. Pós-doutorado em Imunologia e Biologia Molecular. Professor Associado do Departamento de Ciências Patológicas da Universidade Estadual de Londrina - UEL.

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Publicado

2014-09-22

Como Citar

1.
Vieira NA, Tomiotto FN, Melo GP, Manchope MF, Lima NR de, Oliveira GG de, et al. Efeito anti-inflamatório do gengibre e possível via de sinalização. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 22º de setembro de 2014 [citado 21º de novembro de 2024];35(1):149-62. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/17125

Edição

Seção

Artigos de Revisão