Leite em pó desnatado como diluente alternativo na etapa de resfriamento durante protocolo de congelação do sêmen suíno

Authors

  • Tatyane Bandeira Barros Universidade Estadual do Ceará
  • Daianny Barboza Guimarães Universidade Estadual do Ceará
  • Ludymila Furtado Cantanhêde Universidade Estadual do Ceará
  • Aline Viana Dias
  • Leonardo Peres de Souza Universidade Federal do Piauí
  • Jean Magloire Feugang University State Mississipi
  • Ricardo Toniolli Universidade Estadual do Ceará

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n3Supl1p2023

Keywords:

Congelação seminal, Leite em pó desnatado, Viabilidade espermática.

Abstract

Esse estudo objetivou testar um diluente alternativo, a base de leite em pó desnatado, durante as etapas de resfriamento e ressuspensão pós descongelação durante a congelação do sêmen suíno. Para isso o sêmen de 15 varrões da raça Dalland, foi coletado através da técnica da mão enluvada. Visando o início da curva de congelação, cada ejaculado foi incubado a 30 °C. Em seguida, foram retiradas duas alíquotas de sêmen para uma pré-diluição. Uma das alíquotas foi diluída no diluente Beltsville Thawing Solution (BTS - Controle) e a outra em leite em pó desnatado (LPD), onde permaneceram a essa temperatura por 45 minutos. O sêmen pré-diluído passou por três tempos de estabilização. Ao final do primeiro tempo (30 °C - 45 minutos) foi realizada análise de vigor e motilidade a fim de acompanhar a atividade metabólica espermática. Em seguida o sêmen diluído passou pelas temperaturas: 25°C – 30 minutos e 17 °C - 2 horas. Ao final, o sêmen foi centrifugado (à 5 °C - 800g - 1600 rpm - 15 minutos), sendo desprezado o sobrenadante, enquanto que o pellet de espermatozoides foi ressuspenso em 2 mL do diluente de resfriamento e mantido a 5 °C por 1 hora. Ao final, foi realizada a 2ª diluição com 2 mL do diluente de congelação, seguida do envaze das amostras, rampa de congelação e submergidas em N2 líquido. O sêmen foi descongelado em banho-maria (39 °C), ressuspendido em seus respectivos diluentes à mesma temperatura e só então analisado quanto às características de vigor, motilidade, vitalidade, integridade acrossomal e funcionalidade da membrana. Durante a primeira fase de abaixamento de temperatura (30 °C), observou-se que o sêmen diluído em LPD em comparação ao BTS, apresentou valores superiores de vigor (3,4±0,6 e 3,1±0,7, respectivamente) e motilidade (78,6±13,0 e 69,4±14,3 respectivamente). Contudo, após a descongelação verificou-se o inverso, com o BTS apresentando resultados mais altos do que o diluente alternativo LPD tanto para as análises de vigor (2,1±0,6 e 1,7±0,9, respectivamente), quanto de motilidade (35,5±21,0 e 22,8±18,1, respectivamente). Quanto às características de funcionabilidade de membrana e integridade acrossomal não foram observadas diferenças significativas entre os diluentes testados, entretanto o LPD apresentou maior porcentagem de células vivas ao final do processo de congelação/descongelação (72,3 ± 16,4). Diante do exposto, pôdese observar que o diluente BTS ainda é a melhor opção para ser utilizado nas etapas de resfriamento e ressuspensão pós descongelação, durante a congelação seminal em suínos.

Author Biographies

Tatyane Bandeira Barros, Universidade Estadual do Ceará

Possui graduação em Ciências Biológicas (Bacharelado e Licenciatura) pela Universidade Federal do Ceará (2007). É Mestre em Ciências Veterinárias pela Universidade Estadual do Ceará (2010). Ministrou o Curso Teórico-Prático em Laboratório de Reprodução Humana Assistida, pela empresa Centro de Genética e Reprodução Humana (Fertvida). Atualmente faz Especialização em Embriologia Clínica, pelo Curso PEC online, da Rede Latino Americana de Reprodução Assistida e Doutorado também em Ciências Veterinárias, pela UECE. Tem experiência nas áreas de Educação, Reprodução Humana e Animal Assistida, Biotecnologia e Proteômica.

Daianny Barboza Guimarães, Universidade Estadual do Ceará

Mestre em Ciências Veterinárias,o Programa de Pós Graduação em Ciências Veterinária, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Ludymila Furtado Cantanhêde, Universidade Estadual do Ceará

Mestre em Ciências Veterinárias,o Programa de Pós Graduação em Ciências Veterinária, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Leonardo Peres de Souza, Universidade Federal do Piauí

Prof. Adjunto, Universidade Federal do Piauí, UFPI, Parnaíba, PI, Brasil.

Jean Magloire Feugang, University State Mississipi

Assistant Research Professor, Mississippi State University, MSU, Jackson, MS, USA.

Ricardo Toniolli, Universidade Estadual do Ceará

Prof. Adjunto, UECE, Fortaleza, CE, Brasil.

Published

2015-07-02

How to Cite

Barros, T. B., Guimarães, D. B., Cantanhêde, L. F., Dias, A. V., Souza, L. P. de, Feugang, J. M., & Toniolli, R. (2015). Leite em pó desnatado como diluente alternativo na etapa de resfriamento durante protocolo de congelação do sêmen suíno. Semina: Ciências Agrárias, 36(3Supl1), 2023–2030. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n3Supl1p2023

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