Eritrograma, estresse oxidativo e interação mineral em cordeiros naturalmente infectados por parasitas gastrintestinais suplementados com diferentes formas de ferro oral

Autores

  • Ricardo Xavier Rocha Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Emmanuel Veiga Camargo Universidade Federal do Pampa
  • Diego Zeni Universidade Federal do Pampa
  • Paula Rocha Sampaio Nicolodi Universidade de Cruz Alta
  • Marta Lizandra Rêgo Leal Universidade Federal de Santa Maria
  • Marcelo Silva Cecim Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2012v33n2p723

Palavras-chave:

Ovinos, Suplementação, Minerais, Estresse oxidativo.

Resumo

O presente estudo teve por objetivo avaliar o perfil oxidativo, eritrograma e interação mineral em cordeiros com anemia verminótica suplementados com diferentes formas de ferro oral. Foram utilizados 27 cordeiros com idade entre 6 e 8 meses naturalmente infectados por Haemonchus contortus, apresentando volume globular entre 16 e 18%. Os animais foram divididos em três grupos; Grupo controle (GC) n= 9, Grupo Sulfato ferroso (G2) n= 9 e Grupo Sulfato férrico (G3) n= 9. Os animais do G2 receberam via oral, diariamente 1 grama de sulfato ferroso (Fe+2), equivalente a 200 miligramas de ferro, os animais do G3 receberam 1 grama de sulfato férrico (Fe+3) via oral, diariamente, equivalente a 200 miligramas de ferro, os animais do GC não receberam tratamento. As coletas foram realizadas nos dias 0, 7, 14, 21 e 28 do experimento, e durante quatro dias dois animais de cada grupo foram mantidos em gaiolas metabólicas para mensuração da excreção fecal de minerais. Não houve diferença entre os grupos nos valores de ferro sérico e parâmetros de eritrócitos do sangue. Os valores de cobre e zinco sérico foram inferiores nos G2 e G3 nos dias 21 e 28 do experimento, enquanto que a excreção fecal de cobre, ferro e zinco foram superiores nesses mesmos grupos. Os teores da superoxido desmutase (SOD) foram inferiores nos G2 e G3 no dia 28 enquanto que os teores dos grupos tióis protéicos (NPTH) foram menores nos G2 e G3 nos dias 21 e 28. Os valores de espécies reativas ao ácido tio-barbitúrico (TBARS) foram maiores no dia 28 nos G2 e G3. A suplementação de 200mg de ferro, independente da sua forma, ferrosa ou férrica, não aumenta a resposta eritrocitária em cordeiros com anemia verminótica. Esses compostos possuem ação antagonista sobre cobre e zinco, diminuindo as concentrações séricas desses minerais e aumentando excreção fecal dos mesmos. Em decorrência da diminuição das concentrações séricas de cobre e zinco houve uma diminuição da atividade da superóxido dismutase causando estresse oxidativo.

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Biografia do Autor

Ricardo Xavier Rocha, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Prof. da Universidade do Oeste de Santa Catarina, Xanxerê, SC.

Emmanuel Veiga Camargo, Universidade Federal do Pampa

Prof. da Universidade Federal do Pampa, Alegrete, RS.

Diego Zeni, Universidade Federal do Pampa

Prof. da Universidade Federal do Pampa, Alegrete, RS.

Paula Rocha Sampaio Nicolodi, Universidade de Cruz Alta

Profª. da Universidade de Cruz Alta, Cruz Alta, RS.

Marta Lizandra Rêgo Leal, Universidade Federal de Santa Maria

Profª. da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.

Marcelo Silva Cecim, Universidade Federal de Santa Maria

Prof. da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS.

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Publicado

2012-05-14

Como Citar

Rocha, R. X., Camargo, E. V., Zeni, D., Nicolodi, P. R. S., Leal, M. L. R., & Cecim, M. S. (2012). Eritrograma, estresse oxidativo e interação mineral em cordeiros naturalmente infectados por parasitas gastrintestinais suplementados com diferentes formas de ferro oral. Semina: Ciências Agrárias, 33(2), 723–730. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2012v33n2p723

Edição

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