Identificação molecular do agente causal da murcha bacteriana em plantas de tomateiro no sudoeste do Paraná
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2023v44n6p2249Palavras-chave:
Variabilidade genética, Ralstonia solanacearu, Solanum lycopersicum.Resumo
A murcha bacteriana, causada por espécies fitopatogênicas do gênero Ralstonia, é uma das principais doenças do tomateiro. O complexo de espécies de Ralstonia solanacearum ocorre devido a variantes com alta diversidade em termos de adaptação a diferentes condições climáticas, variabilidade de hospedeiros e agressividade, características que interferem na recomendação para o controle da doença. Neste estudo foram analisados por métodos moleculares 26 isolados de R. solanacearum isolados de plantas de tomateiro cultivadas na região sudoeste do Paraná. Os isolados foram obtidos de plantas com sintomas de murcha cultivadas em sistema de cultivo protegido e campo aberto. Os iniciadores específicos 759/760 foram usados para confirmar que os isolados pertenciam ao complexo específico Ralstonia solanacearum e os iniciadores Nmult foram usados para identificar o filotipo. A análise de variabilidade foi realizada por BOX-PCR com o primer BOX-A1R para 19 isolados. Os vinte e seis isolados foram confirmados como Ralstonia solanacearum e pertencentes ao filotipo II. A comparação entre os padrões de bandas do DNA genômico amplificado por BOX-PCR demonstrou variabilidade molecular com a formação de oito grupos ao nível de 0,63 de similaridade. Esses resultados confirmam a predominância de R. solanacearum filotipo II no sudoeste do Paraná e auxiliam na tomada de decisões relacionadas ao manejo da doença, bem como no melhoramento genético para obtenção de cultivares resistentes.
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