Análise do crescimento de mandioca em diferentes épocas de colheita e densidades de plantio

Autores

  • Eli Carlos de Oliveira Omnia Brasil
  • Luiz Henrique Campos de Almeida Universidade Estadual de Londrina
  • Claudemir Zucareli Universidade Estadual de Londrina
  • Teresa Losada Valle Instituto Agronômico de Campinas - IAC
  • José Roberto Pinto de Souza Universidade Estadual de Londrina UEL
  • Édison Miglioranza Universidade Estadual de Londrina UEL

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n1p113

Palavras-chave:

Manihot esculenta Crantz, Índice de área foliar, Massa seca, Taxa assimilatória líquida.

Resumo

A arquitetura do dossel vegetativo e a população das plantas têm influência direta no crescimento e na produção das culturas. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o crescimento de quatro cultivares de mandioca de dosséis contrastantes em quatro densidades populacionais por dois ciclos vegetativos. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados no esquema de parcelas subdivididas, com duas repetições, sendo as densidades populacionais nas parcelas e épocas de colheita nas subparcelas. Foram estudadas ‘Branca de Santa Catarina’ (BSC), ‘IAC 13’, ‘IAC 14-18’ e ‘Fibra’ colhidas quadrimestralmente, com início aos 120 e finalizando aos 720 dias após o plantio (DAP). Foram determinados os dados primários massa seca e área foliar. A partir dos dados primários foi aplicada a análise de crescimento e calculada a massa seca total (Wt), razão de área foliar (Fa), índice de área foliar (L), taxa de crescimento relativo (Rw) e a taxa assimilatória liquida (Ea). Todas as cultivares acumularam mais massa seca (Wt) nas menores densidades de plantio. As plantas atingiram maior razão de área foliar (Fa) aos 120 dias após o plantio. No segundo ciclo vegetativo, as quatro cultivares, independentemente da população, apresentaram redução da translocação de assimilados para as folhas. As taxas de crescimento relativo (Rw) das cultivares variaram de maneira mais acentuada com a população de plantas apenas no segundo ciclo. A ‘IAC 14-18’ apresentou maior dependência dos espaçamentos e ‘Fibra’ menor dependência. As taxas de crescimento (Rw) e assimilatórias (Ea) decrescem no final do primeiro ciclo, depois crescem lentamente até o final do segundo ciclo vegetativo.

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Biografia do Autor

Eli Carlos de Oliveira, Omnia Brasil

Engo Agro, Dr. Pesquisador, Omnia Brasil, Leme, SP, Brasil.

Luiz Henrique Campos de Almeida, Universidade Estadual de Londrina

Engo Agro, M.e, Discente do Curso de Doutorado em Fitotecnia, Universidade Estadual de Londrina, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Agronomia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Claudemir Zucareli, Universidade Estadual de Londrina

Engo Agro, Prof. Dr., Departamento de Agronomia UEL/CCA, Londrina, PR, Brasil.

Teresa Losada Valle, Instituto Agronômico de Campinas - IAC

Enga Agra Instituto Agronômico de Campinas, IAC, Campinas, SP, Brasil.

José Roberto Pinto de Souza, Universidade Estadual de Londrina UEL

Engo Agro, Prof. Dr., Departamento de Agronomia UEL/CCA, Londrina, PR, Brasil.

Édison Miglioranza, Universidade Estadual de Londrina UEL

Engo Agro, Prof. Dr., Departamento de Agronomia UEL/CCA, Londrina, PR, Brasil.

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Publicado

2019-02-15

Como Citar

Oliveira, E. C. de, Almeida, L. H. C. de, Zucareli, C., Valle, T. L., Souza, J. R. P. de, & Miglioranza, Édison. (2019). Análise do crescimento de mandioca em diferentes épocas de colheita e densidades de plantio. Semina: Ciências Agrárias, 40(1), 113–126. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n1p113

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