Avaliação testicular e seminal de cães naturalmente infectados por Leishmania sp.
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n1p217Palavras-chave:
Canino, Sêmen, Testículos, Leishmaniose visceral.Resumo
O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações testiculares e detectar a presença de Leishmania sp. nos testículos e sêmen de cães com leishmaniose visceral (LV). Os animais foram obtidos da Gerência de Controle de Zoonoses de Teresina, PI, e levados ao canil do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Piauí, onde permaneceram por dois meses e posteriormente foram submetidos à eutanásia para a remoção dos testículos. As amostras de sêmen foram coletadas de 12 cães, sendo 06 positivos e 06 negativos para LV. Nas amostras dos animais, foram realizadas as seguintes técnicas de diagnóstico: dosagem de testosterona, imunohistoquímica (IMH), histopatologia das lâminas contendo o material testicular e avaliação seminal por reação em cadeia pela polimerase (PCR). Valores de testosterona permaneceram dentro do intervalo normal para a espécie canina, não diferindo estatisticamente entre os grupos experimentais, porém apresentando concentrações séricas mais baixas do que o grupo controle. Todas as amostras testiculares e de sêmen dos cães foram negativas para LV, conforme determinado pelas técnicas IMH e PCR, respectivamente. Os resultados da histopatologia dos testículos revelaram a presença de várias lesões com diferença estatística entre os grupos experimentais. Os cães parasitados com LV apresentam lesões testiculares que podem comprometer a eficiência reprodutiva desses animais.Métricas
Referências
ALLEN, J. A.; DIEMER, T.; JANUS, P.; HALES, K. H.; HALES, D. B. Bacterial endotoxin lipopolysaccharide and reactive oxygen species inhibit Leydig cell steroidogenesis via perturbation of mitochondria. Endocrine, Totowa, v. 25, n. 3, p. 265-275, 2004.
AMARA, A.; MRAD, I.; MELKI, M. K.; MRAD, M. B.; REJEB, A. Etude histologique dés lesions testiculaires chez les chiens leishmaniens. Revue de Médicine Vétérinaire, Toulose, v. 160, n. 1, p. 54-60, 2009.
BENITES, A. P.; FERNANDES, C. E.; BRUM, K. B.; ABDO, M. A. G. S. Presença de formas amastigotas de Leishmania chagasi e perfil leucocitário no aparelho reprodutivo de cães. Pesquisa Veterinária Brasileira, Seropédica, v. 31, n. 1, p. 72-77, 2011.
BOSCH, R. J.; RODRIGO, A. B.; SÁNCHEZ, P.; GÁLVEZ, M. V.; HERRERA, E. Presence of Leishmania organisms in specific and non-specific skin lesions in HIV- Infected individuals with visceral leishmaniasis. International Journal of Dermatology, Rochester, v. 41, n. 10, p. 670-675, 2002.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual de vigilância e controle da leishmaniose visceral. 5ª reimpressão. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 120 p.
COSTA, V. N.; SOUSA FILHO, M. A. C.; SILVA, M. N. N.; MOTA, L. H. C. M.; CARVALHO, Y. N. T.; MELO EVANGELISTA, L. S. Níveis séricos de testosterona em cães naturalmente infectados por Leishmania sp. Ciência Animal, Fortaleza, v. 25, n. 1, p. 303-306, 2015. Suplemento.
DINIZ, S. A.; MELO, M. S.; BORGES, A. M.; BUENO, R.; REIS, B. P.; TAFURI, W. L.; NASCIMENTO, E. F.; SANTOS, R. L. Genital lesions associated with visceral leishmaniasis and shedding of Leishmania sp. in the semen of naturally infected dogs. Veterinary Pathology, Thousand Oaks, v. 42, n. 5, p. 650-658, 2005.
FREITAS, E. de; MELO, M. N.; COSTA VAL, A. P. da; MICHALICK, M. S. Transmission of Leishmania infantum via blood transfusion in dogs: potential for infection and importance of clinical factors. Veterinary Parasitology, Amsterdam, v. 137, n. 1-2, p. 159-167, 2006.
KAMHAWI, S. Phlebotomine sand flies and Leishmania parasites: friends or foes? Trends in Parasitology, Oxford, v. 22, n. 9, p. 439-445, 2006.
LOW, G. C.; EDIN, M. D.; LOND, F. R. C. P.; COOKE, W. E.; IREL, F. R. C. S. A. A congenital case of Kala-Azar. The Lancet, London, v. 208, n. 5389, p. 1209-1211, 1926.
PIARROUX, R.; AZAIEZ, R.; LOSSI, A. M.; REYNIER, P.; MUSCATELLI, F.; GAMBARELLI, M.; FONTES, M.; DUMONT, H.; QUILICI, M. Isolation and characterization of a repetitive DNA sequence from Leishmania infantum: development of a visceral leishmaniasis polymerase chain reaction. The American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, Cleveland, v. 49, n. 3, p. 364-369, 1993.
SILVA, F. L.; OLIVEIRA, R. G.; SILVA, T. M. A.; XAVIER, M. N.; NASCIMENTO, E. F.; SANTOS, R. L. Venereal transmission of canine visceral leishmaniasis. Veterinary Parasitology, Amsterdam, v. 160, n. 1-2, p. 55-59, 2009.
SILVA, F. L.; RODRIGUES, A. A. M.; REGO, I. O. P.; SANTOS, R. L. H.; OLIVEIRA, R. G.; SILVA, T. M. A.; XAVIER, M. N.; NASCIMENTO, E. F.; SANTOS, R. L. Genital lesions and distribution of amastigotes in bitches naturally infected with Leishmania chagasi. Veterinary Parasitology, Amsterdam, v. 151, n. 1, p. 86-90, 2008.
SILVA, L. C.; ASSIS, V. P.; RIBEIRO, V. M.; TAFURI, W. L.; TOLEDO JÚNIOR, J. C.; SILVA, S. O.; MELO, M. N.; RACHID, M. A.; VALLE, G. R. Detection of Leishmania infantum in the smegma of infected dogs. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Belo Horizonte, v. 66, n. 3, p. 731-736, 2014.
SYMMERS, W. S. C. Leishmaniasis acquired by contagion: a case of marital infection in Britain. The Lancet, London, v. 275, n. 7116, p. 127-132, 1960.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Semina: Ciências Agrárias

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.
Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.