Parâmetros ruminais e taxa de passagem em bovinos alimentados com rações baseadas em cana de açúcar hidrolisada com óxido de cálcio
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n6p2783Palavras-chave:
Ácidos graxos voláteis, Álcali, Bovino, Cal, pH, Saccharum officinarum.Resumo
Nove fêmeas Holândês x Gir não lactantes, alocadas em três Quadrados Latinos (QL) 3 x 3 contemporâneos, foram alimentadas com rações à base de cana de açúcar picada, fornecida in natura (Controle) ou hidrolisada (base da matéria fresca) por 24 h com 1% ou 2% de óxido de cálcio (CaO), o que correspondeu, respectivamente, a 3,1% ou 6,2% de CaO com base na matéria seca (MS). O pH e as concentrações ruminais de N amoniacal, acetato, propionato e butirato foram avaliados. As cinéticas de passagem de fluidos e de partículas no trato gastrointestinal (TGI) dos animais foram estudadas utilizando, respectivamente, os indicadores externos Cobalto-EDTA e fibra em detergente neutro mordantada com Cromo. As análises estatísticas foram realizadas utilizando modelos mistos. Os parâmetros de fermentação ruminal foram analisados como medidas repetidas no tempo, sendo considerados efeitos fixos: o tratamento (nível de adição de CaO), o tempo de amostragem e sua interação, e efeitos aleatórios: QL, animal(QL), período do QL e período*animal(QL). Os parâmetros de cinética de fluidos e de partículas no TGI foram analisados considerando o tratamento como efeito fixo, e período do QL, animal(QL) e QL como efeitos aleatórios. Diferenças foram consideradas significativas quando P ? 0,05. Não houve interação tratamento*tempo (P > 0,05) para nenhum parâmetro ruminal. A adição de CaO promoveu incremento linear (P = 0,0279) no pH do rúmen, mas não houve efeito (P > 0,05) dos tratamentos sobre as concentrações ruminais de N amoniacal, acetato, butirato e ácidos graxos voláteis totais. Foi observado efeito quadrático (P = 0,05) da adição de CaO sobre a concentração ruminal de propionato. Não houve efeito (P > 0,05) dos tratamentos na taxa de passagem de partículas no rúmen, bem como no tempo médio de retenção neste compartimento e no TGI. Por outro lado, a adição de CaO à cana de açúcar promoveu incremento linear (P = 0,0258) na taxa de passagem pós-ruminal de partículas e, consequentemente, houve redução linear (P = 0,0363) no tempo médio de retenção no ceco-cólon proximal. Não houve efeito (P > 0,05) da hidrólise da cana de açúcar com CaO sobre os parâmetros da cinética da passagem de fluidos no rúmen (taxa de diluição, tempo de retenção e taxa de reciclagem). A adição de 1% ou 2% de CaO na matéria fresca (respectivamente, 3,1% ou 6,2% na matéria seca) da cana de açúcar não melhora a fermentação ruminal nem aumenta as taxas de passagem de fluidos e de partículas no rúmen de bovinos Holandês x Gir não lactantes.Downloads
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