Identificação de enterobactérias em primatas não-humanos de vida livre em um parque urbano na Região Norte do Estado do Paraná, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2018v39n3p1115Palavras-chave:
Bactérias Gram-negativas, Família Enterobacteriaceae, Macacos, Microrganismos, Sapajus nigritus.Resumo
As populações de primatas não humanos frequentemente são consideradas um elo na cadeia de doenças infecciosas emergentes, por constituírem reservatórios que propiciam o surgimento de diferentes patógenos zoonóticos. O objetivo deste trabalho foi identificar a presença de bactérias da família Enterobacteriaceae em primatas não humanos de vida livre. O estudo foi realizado em um parque urbano localizado em uma cidade da região norte do Estado do Paraná. Os animais foram capturados em armadilhas do tipo Tomahawk e submetidos a contenção farmacológica para colheita de amostras da microbiota oral e retal com zaragatoas estéreis. Para o isolamento bacteriano as amostras foram semeadas pela técnica de esgotamento em placas contendo ágar MacConkey, com posterior identificação por testes bioquímicos utilizando kit comercial. Foram capturados 16 primatas não humanos identificados como Sapajus nigritus (macaco-prego). Na cavidade oral foi possível identificar sete diferentes espécies de bactérias, sendo seis (42,9%) Escherichia coli, três espécies de Kluyvera (21,40%), uma (7,14%) Serratia rubidae, uma (7,14%) Enterobacter aerogenes, uma (7,14%) Enterobacter cloacae, uma (7,14) Hafnia alvei e uma (7,14%) Erwinia herbicola. No reto foi possível identificar sete diferentes espécies de bactérias, sendo seis (40%) Escherichia coli, três espécies de Kluyvera (20%), duas (13,32%) Enterobacter aerogenes, uma (6,67%) Erwinia herbicola, uma (6,67%) Serratia rubidae, uma (6,67%) Pragla fotiun e uma (6,67%) Edwardsiella tarda. Os resultados indicam que as bactérias isoladas são pertencentes principalmente à microbiota humana, e estão ultrapassando a barreira interespecífica e contaminando os primatas.Downloads
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