Caracterização epidemiológica e fatores de risco associados à infecção por Leptospira spp. em cães de assentamentos rurais na região semiárida do Nordeste do Brasil

Autores

  • José Dêvede da Silva Universidade Federal de Campina Grande
  • Demmya Haryssam Menezes Melo Universidade Estadual da Paraíba
  • Érico Luiz de Barros Correia Universidade Federal de Campina Grande
  • José Romero Alexandre Alves Universidade Federal de Campina Grande
  • Diego Figueiredo Costa Universidade Federal de Campina Grande
  • Severino Silvano dos Santos Higino Universidade Federal de Campina Grande
  • Sergio Santos Azevedo Universidade Federal de Campina Grande
  • Clebert José Alves Universidade Federal de Campina Grande

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n4Supl1p2531

Palavras-chave:

Zoonoses, Zona rural, Fatores de risco, Sorologia.

Resumo

Os assentamentos rurais são definidos como espaços agrários de organização familiar, cuja finalidade é o fortalecimento da agricultura familiar a partir de políticas públicas. São ambientes peculiares que podem predispor ao risco de doenças, especialmente de caráter zoonótico, considerando naturalmente o convívio estreito com os animais, que de certo modo, podem atuar como fontes de infecção. O objetivo deste estudo foi determinar a frequência de anticorpos anti-Leptospira spp. em cães de assentamentos rurais do Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil, bem como identificar os fatores de risco associados com a infecção. Foram utilizados 306 cães e o diagnóstico de Leptospira spp. realizados pela técnica de Soroaglutinação Microscópica (MAT). Foram identificados 27/306 (8,82%; IC 95% = 6,13 - 12,5%) cães soropositivos para Leptospira spp. O sorotipo mais frequente foi o Pomona. A criação do tipo solto (Odds ratio = 3,53; p = 0,012) foi apontada como fator de risco para a infecção. Os resultados do presente estudo indicam que a leptospirose está presente em cães de áreas de assentamentos rurais do estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Isso reforça a necessidade de limitar o contato de cães com reservatórios silvestres, bem como fazer o monitoramento sorológico dos suínos e implantação de medidas de controle como melhorias nas condições higiênico-sanitárias nos assentamentos, destacando-se a construção de pocilgas afastadas das residências e a introdução de vacinação com o intuito de reduzir a ocorrência dessa doença e, consequentemente, prevenir a transmissão da infecção aos seres humanos e animais.

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Biografia do Autor

José Dêvede da Silva, Universidade Federal de Campina Grande

Discente de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, UFCG, Patos, Brasil.

Demmya Haryssam Menezes Melo, Universidade Estadual da Paraíba

Discente, Curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual da Paraíba, UEPB, Campina Grande, PB, Brasil.

Érico Luiz de Barros Correia, Universidade Federal de Campina Grande

Discente de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, UFCG, Patos, Brasil.

José Romero Alexandre Alves, Universidade Federal de Campina Grande

Discente de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, UFCG, Patos, Brasil.

Diego Figueiredo Costa, Universidade Federal de Campina Grande

Discente de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, UFCG, Patos, Brasil.

Severino Silvano dos Santos Higino, Universidade Federal de Campina Grande

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Patos, Brasil.

Sergio Santos Azevedo, Universidade Federal de Campina Grande

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Patos, Brasil.

Clebert José Alves, Universidade Federal de Campina Grande

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Universidade Federal de Campina Grande, UFCG, Patos, Brasil.

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Publicado

2017-08-25

Como Citar

Silva, J. D. da, Melo, D. H. M., Correia, Érico L. de B., Alves, J. R. A., Costa, D. F., Higino, S. S. dos S., … Alves, C. J. (2017). Caracterização epidemiológica e fatores de risco associados à infecção por Leptospira spp. em cães de assentamentos rurais na região semiárida do Nordeste do Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 38(4Supl1), 2531–2542. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n4Supl1p2531

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