Danos teciduais e mal formações morfológicas induzidas pelo extrato aquoso de Pteridium aquilinum sobre a membrana corioalantóica (CAM) e o embrião de galinha

Autores

  • Amanda Leitolis Universidade Federal do Paraná
  • Fernanda Gimenez de Souza Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Kelli Freitas Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Helyn Barddal Universidade Federal do Paraná
  • Laryssa Rauh Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Joceline Franco Pontifícia Universidade Católica do Paraná
  • Luiz Fernando Pereira Pontifícia Universidade Católica do Paraná http://orcid.org/0000-0002-3855-6325

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n3p1461

Palavras-chave:

Embrião de galinha, Membrana corioalantóica (CAM), Pteridium aquilinum, Samambaia.

Resumo

O foco principal desse estudo foi avaliar os efeitos do extrato aquoso de Samambaia (EAS) (Pteridium aquilinum (L.) Kuhn) sobre sistemas biológicos. A ingestão das folhas de Samambaia pode provocar intoxicação aguda, hematúria, alterações bioquímicas e câncer se consumida por animais. Em humanos também pode provocar intoxicação ao ser ingerida com água ou leite contaminados e pela inalação de seus esporos. Considerando os efeitos danosos provocados pelo consumo dessa planta esse estudo analisou a ação do EAS sobre um sistema de vasos sanguíneos, a membrana corioalantóica (CAM) de embrião de galinha. Sobre a CAM foram aplicados 0,1, 0,5, 1, 5, 10 e 15 µg/mL de EAS, salina como controle. A angiogênese foi analisada e o índice de densidade vascular (IDV) calculado. Amostras da CAM foram coradas com H&E para avaliação de microvasos, Tricrômico de Masson para caracterização de colágeno e deposição de fibrina e Picro Sirius para analisar o colágeno através de luz polarizada. Os aspectos morfológicos dos embriões também foram analisados. Os resultados da neovascularização mostraram que não houve mudança significativa do número de vasos/mm². Entretanto, as membranas tratadas com 5 ou 10 µg/mL EAS exibiram uma opacidade junto com um tecido fibroso, ambos sinais de inflamação. Corroborando, as análises com Tricrômico Masson e Picro Sirius, respectivamente, apontaram para um aumento das fibras colágenas e presença de colágeno fibrilar. Embriões expostos às concentrações de 5 e 10 µg/mL do EAS sofreram mal formações na face e na parede tóraco-abdominal. A concentração de 15 µg/mL foi letal para os embriões. Embora efeitos significativos na vasculatura da CAM não tenham ocorrido, observou-se desmoplasia, um grande sinal de inflamação. Esse fato, juntamente com as mal formações no embrião e a presença de compostos tóxicos no EAS inferem, se a planta for ingerida, uma via de importante para explicar a intoxicação de animais e humanos, e até mesmo o câncer ou a morte de animais.

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Biografia do Autor

Amanda Leitolis, Universidade Federal do Paraná

Discente do Curso de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Biologia Molecular, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Fernanda Gimenez de Souza, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

M.e em Ciência da Saúde, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, PUCPR, Curitiba, PR, Brasil.

Kelli Freitas, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

M.e em Biociências/Odontologia, PUCPR, Curitiba, PR, Brasil.

Helyn Barddal, Universidade Federal do Paraná

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, UFPR, Curitiba, PR, Brasil.

Laryssa Rauh, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Profa, Escola de Ciências da Vida, ECV, PUCPR, Curitiba, PR, Brasil.

Joceline Franco, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Profa, Escola de Ciências da Vida, ECV, PUCPR, Curitiba, PR, Brasil.

Luiz Fernando Pereira, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Prof., Escola de Ciências da Vida, ECV, PUCPR, Curitiba, PR, Brasil.

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Publicado

2017-06-13

Como Citar

Leitolis, A., Souza, F. G. de, Freitas, K., Barddal, H., Rauh, L., Franco, J., & Pereira, L. F. (2017). Danos teciduais e mal formações morfológicas induzidas pelo extrato aquoso de Pteridium aquilinum sobre a membrana corioalantóica (CAM) e o embrião de galinha. Semina: Ciências Agrárias, 38(3), 1461–1470. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n3p1461

Edição

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