Parasitas em tilápias-do-nilo criadas em sistema de tanques-rede
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n2p281Palavras-chave:
Tilápia-do-Nilo, Oreochromis niloticus, Ectoparasitos, Monogenóideos, Protozoários.Resumo
A tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus) é um peixe nativo da África e devido às suas características, tais como, plasticidade genética, rusticidade, facilidade de comercialização entre outras, deva ser incluída como uma importante espécie criada comercialmente. A criação de tilápias-do-Nilo pode ser realizada em viveiros de terra com baixa renovação de água ou sistemas do tipo “raceways” e tanques-rede, os quais apresentam uma alta renovação de água. Uma série de agentes parasitários podem causar problemas em criações de tilápias, sendo que nenhum deles parece ser específico para estes peixes. Protozoários do filo Ciliophora como Trichodina sp., Ichthyophthirius multifilis, Ambiphyra sp., Apiosoma sp., além de monogenóideos podem causar problemas em criações desta espécie. Dentre os protozoários, os do gênero Trichodina sp. e o I. multifilis são de grande importância, principalmente em intensas infestações quando o ambiente se encontra favorável para sua reprodução podendo, assim, causar espoliações junto às brânquias e pele dos animais, predispondo-os a problemas respiratórios e infecções secundárias. Os monogenóideos também podem trazer graves problemas, principalmente em alevinos de tilápias criados em sistemas super-intensivos. Ambientes eutrofizados, com excesso de matéria orgânica, são favoráveis para manutenção e reprodução destes agentes assim como para os protozoários. Grandes infestações de monogenóideos podem causar prejuízos para os animais devido ao seu modo particular de fixação sobre o hospedeiro através de ganchos e âncoras provocando, assim, reações do hospedeiro que podem ser prejudiciais para sua atividade respiratória.
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