Resistência de Haemonchus contortus ao monepantel em ovinos: testes de eficácia através de redução de contagem de ovos e controlado randomizado
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n1p231Palavras-chave:
Eficácia, Anti-helmíntico, Derivados da aminoacetonitrila, Ovinos.Resumo
Verminoses são uma das principais causas de prejuízo econômico na ovinocultura, cujo controle depende essencialmente de fármacos anti-helmínticos. Depois de décadas sem o surgimento de novos grupos químicos de fármacos, uma nova classe de anti-helmínticos, os derivados da aminoacetonitrila, representados pelo monepantel, foram lançados no mercado. Com o objetivo de avaliar um relato de baixa eficácia do monepantel em uma propriedade produtora de ovinos do município de Taiúva, estado de São Paulo, foi realizado um teste de redução de contagem de ovos e um teste crítico em uma linhagem de Haemonchus contortus obtida da propriedade. Dez animais foram infectados experimentalmente com 5000 larvas de terceiro estágio do isolado de Haemonchus contortus, e estes animais foram divididos em dois grupos, controle e tratados, em dependência do tratamento com monepantel. Foram avaliados a redução de ovos nas fezes nos dias 0, 2, 4, 7 e 14 pós-tratamento e a eficácia terapêutica ao final do período. A redução da contagem de ovos foi observada a partir do 2o dia pós-tratamento (DPT), com redução máxima, de 32,89%, registrada no 14º DPT. O teste crítico revelou eficácia de apenas 24,65%, evidenciando resistência ao princípio ativo. A ineficácia do monepantel pode estar associada a utilização do vermífugo de forma massiva, uma vez que o produtor administrava o produto em intervalos inferiores a um mês, sem orientação técnica ou critério definido. Dado que o anti-helmíntico foi usado na propriedade por período inferior a um ano, de acordo com o produtor, pode-se sugerir que Haemonchus contortus desenvolva resistência ao monepantel em poucas gerações caso o produto seja utilizado incorretamente.Downloads
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