Desenvolvimento e produtividade da forragem do milho consorciado com capim-marandu em sistema agrossilvipastoril com eucalipto

Autores

  • Miguel Sales Domingues Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Cristiana Andrighetto Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Gelci Carlos Lupatini Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
  • Gustavo Pavan Mateus Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
  • Aline Sampaio Aranha Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
  • Rafael Keith Ono Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Suínos e Aves
  • Mayara Mayumi dos Santos Shiguematsu Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
  • Polyana Vellone Giacomini Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,
  • Bianca Midori Souza Sekiya Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n6p3669

Palavras-chave:

Integração lavoura-pecuária-floresta, Interceptação luminosa, Sombreamento, Urochloa brizantha, Zea mays.

Resumo

O uso do cultivo de milho com capim é interessante no consórcio, sendo as forrageiras do gênero Urochloa são as mais utilizadas, destacando-se por apresentar excelente adaptação aos solos de baixa fertilidade, fácil estabelecimento, considerável produção de biomassa e importante competidora com espécies daninhas das culturas anuais. Nos sistemas agrossilvipastoris a produtividade do milho cultivado sob árvores é influenciada em função da diminuição da radiação causada pelo sombreamento. O objetivo do trabalho foi avaliar o desenvolvimento, interceptação luminosa e índice de conteúdo de clorofila (ICC) do milho consorciado com capim-marandu em sistema agrossilvipastoril com 1 linha de eucalipto, 3 linhas de eucalipto e a pleno sol. O experimento foi conduzido na APTA – Andradina, SP e os tratamentos foram: sem eucalipto (pleno sol: controle), sistemas com eucalipto (1 e 3 linhas) e dentro destes, cinco distâncias em relação às árvores (2, 4, 6, 8 e 10 m). Entre os renques de eucalipto foi utilizado o sistema de integração com o milho consorciado com capim-marandu. Foram avaliadas as seguintes características produtivas do milho: altura de planta, altura de inserção de espiga, ICC, interceptação luminosa, produção de massa verde, matéria seca e massa seca de forragem do milho. O delineamento experimental foi em blocos casualizados em arranjo fatorial com tratamento adicional (controle) tendo quatro repetições. A produtividade da forragem de milho, matéria seca, altura das plantas na colheita e altura de inserção de espiga não foram influenciadas pelos arranjos de árvores. À distância de 2 m em relação às árvores apresentou menores valores de produtividade, matéria seca, altura na colheita e altura de inserção de espiga. Houve diferença para os valores de interceptação luminosa no milho entre as distâncias nas duas primeiras avaliações. As alturas do milho não foram afetadas pelas distâncias das árvores, nem pelos arranjos de árvores (1 e 3 linhas) e não houve diferença entre controle e sistemas agrossilvipastoris. Não houve diferenças no ICC do milho nas distâncias em relação às árvores, nem entre os arranjos (1 e 3 linhas) e também não houve diferenças entre controle e sistemas agrossilvipastoris. Conclui-se que o desenvolvimento e produtividade da forragem do milho em sistemas agrossilvipastoris são semelhantes em arranjos de 1 e 3 linhas de eucalipto com 15 meses e a pleno sol, com exceção do teor de matéria seca que é menor nos sistemas com árvores. O consórcio do milho com o capim-marandu, em sistema sem árvores, apresenta maior interceptação luminosa na colheita do milho indicando maior cobertura do solo. A produtividade e o teor de matéria seca de forragem do milho são menores quando o milho está a 2 m das árvores de eucalipto, em função da menor quantidade de luz e competição por água e nutrientes.

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Biografia do Autor

Miguel Sales Domingues, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

M.e em Ciência e Tecnologia Animal, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, UNESP Dracena, Ilha Solteira, SP, Brasil.

Cristiana Andrighetto, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Profa, UNESP, Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas, FCAT, Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.

Gelci Carlos Lupatini, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Prof., UNESP, Faculdade de Ciências Agrárias e Tecnológicas, FCAT, Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.

Gustavo Pavan Mateus, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Pesquisador, Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, APTA, Polo Regional de Desenvolvimento dos Agronegócios do Extremo Oeste, Andradina, SP, Brasil.

Aline Sampaio Aranha, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, FMVZ, UNESP, Botucatu, SP, Brasil.

Rafael Keith Ono, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Suínos e Aves

Pós-Doutorando, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Suínos e Aves, Embrapa Suínos e Aves, Concórdia, SC, Brasil.

Mayara Mayumi dos Santos Shiguematsu, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

Discente, Curso de Zootecnia, FCAT, UNESP, Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.

Polyana Vellone Giacomini, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

Discente, Curso de Zootecnia, FCAT, UNESP, Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.

Bianca Midori Souza Sekiya, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”,

Discente, Curso de Engenharia Agronômica, FCAT, UNESP, Câmpus de Dracena, Dracena, SP, Brasil.

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Publicado

2017-11-23

Como Citar

Domingues, M. S., Andrighetto, C., Lupatini, G. C., Mateus, G. P., Aranha, A. S., Ono, R. K., … Sekiya, B. M. S. (2017). Desenvolvimento e produtividade da forragem do milho consorciado com capim-marandu em sistema agrossilvipastoril com eucalipto. Semina: Ciências Agrárias, 38(6), 3669–3680. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2017v38n6p3669

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