Ação anti-helmíntica da Morinda citrifolia (noni) sobre Heterakis gallinarum
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n4p1775Palavras-chave:
Plantas medicinais, Helmintologia, Galinha.Resumo
A ação anti-helmíntica da Morinda citrifolia (noni) sobre Heterakis gallinarum foi avaliada em galinhas poedeiras naturalmente infectadas. A atividade anti-helmíntica in vitro foi determinada em helmintos adultos colocados em placas de petri descartáveis, contendo solução Tyrode pré-aquecida, nas quais foi adicionado o extrato aquoso ou etanólico e mantidas em BOD a uma temperatura de 37oC (±1). Os extratos aquoso e etanólico foram usados nas seguintes concentrações: 1,69; 3,37; 6,74; 13,48 e 26,96 mg.mL-1 e 4,17; 8,34; 16,68; 33,36 e 66,72 mg.mL-1, respectivamente. Como controle positivo usou-se uma solução de citrato de piperazina tetrahidratada na concentração de 50 mg.mL-1. A atividade anti-helmíntica in vivo foi determinada em aves, administrando-se os extratos aquoso ou etanólico (10 mL/Kg/PV) durante três dias consecutivos. As fezes dos animais foram coletadas durante quatro dias, em seguida foram lavadas em água corrente e peneiradas. No quinto dia após início do tratamento, as aves foram abatidas e necropsiadas, para contagem e identificação dos helmintos remanescentes. Os dados obtidos foram analisados estatisticamente utilizando o teste de Student-Newman-Keuls. No teste in vivo, não houve diferença significativa entre o extrato aquoso (concentração de 10%) e o grupo controle (água) (p>0,05) na eliminação de H. gallinarum. O extrato etanólico apresentou um percentual de eliminação de 20,35%, diferindo estatisticamente do grupo controle (p<0,05). Na concentração 26,96 mg.mL-1, para o teste in vitro, o extrato aquoso causou mortalidade de 100%, semelhante ao obtido pela piperazina (100%), diferindo estatisticamente do controle negativo (p<0,05). Nas concentrações 33,36 e 66,72 mg.mL-1, o extrato etanólico também apresentou percentagem de mortalidade de 100%, havendo diferença estatisticamente significativa do controle negativo (P<0,05). Conclui-se que a atividade anti-helmíntica do fruto do noni apresentou resultados promissores no teste in vitro, havendo necessidade de estudos com maiores concentrações no teste in vivo.
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