Fairness ou Arms-lenght: Abordagens da Gestão de Stakeholders no Setor Bancário
DOI:
https://doi.org/10.5433/2318-9223.2016v4n2p3Palavras-chave:
Gestão de Stakeholders, Fairness, Arms-length, Justiça Organizacional.Resumo
Uma premissa subjacente aos trabalhos que defendem a teoria dos stakeholders é que os stakeholders procuram relacionamentos justos, ou seja, preferem empresas com uma gestão baseada na abordagem fairness. Contudo, além da abordagem fairness, alguns stakeholders podem preferir relacionamentos baseados no poder de barganha, ou seja, com abordagem arms-length. O objetivo desta pesquisa é identificar a abordagem da gestão de empresas que operam em um mesmo setor e analisar as características das empresas que possam estar associadas às abordagens. Este estudo empregou uma análise qualitativa e exploratória para investigar os tipos de abordagem da gestão de stakeholders em 11 empresas do setor bancário brasileiro. Foram analisados três grupos de stakeholders (clientes, fornecedores e funcionários) e os dados foram coletados de relatórios GRI e do site do Banco Central do Brasil referentes ao ano de 2014. Nas empresas estudadas, encontraram-se três tipos de abordagens: fairness, arms-length e combinada (caracterizada pela adoção de ambas as abordagens para diferentes grupos de stakeholders). Os resultados indicaram que características da organização, como tamanho e tipo de propriedade, podem estar associadas à escolha da abordagem adotada. Esta pesquisa contribui para a literatura de stakeholders ao avançar a discussão sobre abordagens antagônicas para gestão de stakeholders, mostrando que as empresas podem adotar as duas abordagens de forma combinada, ou seja, do tipo fairness para determinados grupos de stakeholders e arms-length para outros.
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