DE HUGO A MURIEL: PODER E PERFORMATIVIDADE NO PROCESSO DE ORGANIZING POR MEIO DA PRESCRIÇÃO DESCRITIVA DINÂMICO-CÍCLICA
DOI:
https://doi.org/10.5433/2318-9223.2021v9n1p111-133Palavras-chave:
Discurso, Linguagem, Organizing, Performatividade, PoderResumo
O objetivo deste artigo é entender de que forma o processo de organizing por meio da interação entre poder e performatividade pode contribuir para as lutas sociais em nossa realidade dicotômica, a partir das contribuições de Butler e Foucault. Para tanto, foi necessário resgatar e desconstruir a ideia canônica de linguagens descritivas e prescritivas, uma vez que o poder e a performatividade são exercidos através da linguagem. Na fase empírica, tomamos quatro fontes diferentes de discursos da cartunista Laerte, escolhida pela sua transformação de homem para mulher. A esses discursos aplicamos a Análise de Discurso de Perspectiva Foucaultiana, emergindo três estágios diferentes que nos mostram como performatividade e resistência podem ser realizadas em um processo de organizing: (i) o reconhecimento da existência do sistema binário e seus obstáculos estático-lineares do status quo; (ii) o empoderamento da linguagem prescritiva estática do desejo com uma linguagem prescritiva dinâmica contra os sistemas binários; e (iii) o exercício da performatividade dinâmico-cíclica, exercendo poder de transformação social.
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