Atos cotidianos de design:
fazer design sem projetar
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-2207.2022v13n3p220Palavras-chave:
fazer design;, atos cotidianos de design;, Escola Superior de Desenho Industrial.Resumo
Este artigo apresenta reflexões para uma reavaliação crítica do campo do design a partir do agravamento de uma crise na educação pública que atingiu a Escola Superior de Desenho Industrial nos anos de 2016 a 2018. Com salários e bolsas suspensos ou atrasados, professores, alunos, funcionários técnico-administrativos se uniram a ex-alunos e amigos da escola com o propósito de desenvolver atividades que pudessem manter a escola aberta. A partir dessa mobilização coletiva, emergem questões a respeito do fazer design e da educação em design que suscitam uma reconfiguração de práticas e pressupostos do campo. Mais especificamente, reivindica-se a qualificação de atos cotidianos de sobrevivência como atos de design, de um fazer design sem projetar e sem o compromisso com soluções para o futuro. Dessa forma, os conceitos de planejamento, progresso e futuro, tradicionalmente ligados ao campo, são questionados em busca de alternativas para um projeto de futuro desenvolvimentista e racionalista que é problematizado em diversos campos de produção teórica contemporânea.
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