Marcos históricos e teóricos da organização do conhecimento

Autores

  • Hagar Espanha Gomes Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.5433/1981-8920.2017v22n2p33

Palavras-chave:

Organização do Conhecimento, História da Organização do Conhecimento, Tecnologias de Organização e Representação do Conhecimento, Teoria em Organização do Conhecimento

Resumo

Introdução: O estudo reconhece um conjunto de demarcações históricas e teóricas em Organização do Conhecimento, que atravessam a Antiguidade, a Idade Média, a Modernidade e a contemporaneidade. Os elementos técnicos e os elementos teóricos são discutidos, da escrita à web semântica, como instâncias complemanteres no desenvolvimento das técnicas e das teorias de organização e representação do conhecimento. Objetivos: Abordar dois aspectos que consideramos relevantes no surgimento e desenvolvimento da Biblioteconomia/Ciência da Informação: as tecnologias e as reflexões que marcam abordagens teóricas. Metodologia: A proposta do estudo é uma revisão histórica, a partir de fontes bibliográficas, sobre a construção das ideias e dos artefatos em Organização do Conhecimento. Resultados: Cada produto de informação resultante trouxe, com o tempo, reflexão sobre os diversos fazeres. Dentre os marcos teóricos relevantes a destacar estão Kaiser com seu modelo de indexação, a Classificação Facetada de Ranganathan via Classification Research Group, a Teoria do Conceito de Dahlberg, que a complementa com princípios de definição, contribuindo para o desenvolvimento de taxonomias e ontologias. Conclusões: o estudo demonstra a relação objetiva entre as transformações técnicas e o desenvolvimento teórico da Organização do Conhecimento, permitindo identificar, contextualmente, os grandes marcos teóricos do domínio. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Hagar Espanha Gomes, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Livre Docente - Universidade Federal Fluminense (UFF).

Referências

AITCHISON. J. The thesaurofacet: a multipurpose retrieval language tool. Journal of Documentation, v. 26, n.3, 1970, p. 187-203.
AUSTIN, D. Prospects for a new general classification. Journal of Librarianship and Information Science, v. 1, n. 3, July, 1969, p. 149-169.
BARRETO, Aldo. A Condição da informação. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, SP. Fundação SEADE-SP, v. 16, n. 3, 2002, p. 67-74.
BARRETO, Aldo. A História da ciência da informação. DataGramaZero, v. 09, 2008, p. 1-15.
BLISS, H. E. A modern classification for libraries. Library Journal, v. 35, Aug. 1910, p. 351-358.
BLISS, H. E. The Organization of Knowledge and the System of the Sciences. New York: Henry Holt, 1929. Cap XVIII.
BLISS, Henry Evelyn. The Organization of knowledge in libraries and the subject approach to books. 2 ed., rev, and partly rewritten. New York: Wilson, 1939.
BROUGHTON, Vanda. Brian Vickery and the Classification Research Group: the legacy of aceted classification. 2011. Disponível em: www.iskouk.org/conf2011>.
BROWN, James D. Subject classification, with tables, indexes, etc, for the subdivision of subjects. London: Library supply, 1906.
COMPAYRÉ, Gabriel. Talleyrand et la réforme de léducation sous la Révolution française. Encyclopédie de l’Agora, 2012. Disponível em: http://agora.qc.ca/documents/revolution_francaise-- talleyrand_et_la_reforme_de_leducation_sous_la_revolution_francaise_par_ga briel_compayre>.
CUTTER, C. A. Classification on the shelves: with some accounts of the new schema prepared for the Boston Atheneum. Library Journal, v. 4, 1879, p. 234-243.
DAHLBERG, Ingetraut. The Information Coding Classification (ICC): a modern, theory-based fully-faceted, universal system of knowledge fields. Axiomathes, v. 18, 2008, p. 161-176.
DAHLBERG, Ingetraut. Ontical Structures and Universal Classification. Bangalore: Sarada Ranganathan Endowment for Library Sciences Series II, Sarada Ranganathan Lectures II. 1978a
DOUSA, T. M. Categories in Charles A. Cutter’s Systems of subject cataloging and bibliographical classification. 2015. Disponível em: http://www.iskocus.org/NASKO2015proceedings/Dousa.pdf>.
DOUSA, T. M. The simple and the complex in E. C. Richardson’s theory of classification: observations on an early KO model of the relationship between ontology and epistemology. In.: GNOLI, C. & MAZZOCCHI, F. (eds) Paradigms and conceptual systems for knowledge organisation. Proceedings of the tenth International ISKO Conference, Rome, 23-26 Feb.. Würzburg, Ergon, 2010. p.15-23
GNOLI, C.. Integrative Levels Classification. 2004. Disponível em: http://www.iskoi.org/ilc>.
GRAZIANO, E. E.. Hegel’s philosophy as basis for the Dewey Classification schedule. Libri. v. 9, n. 1/4, 1959, p. 45–52.
KAISER, J. Systematic indexing. London: [s.n.], 1911.
KENT, Allen. Information analysis and retrieval. New York: Becker and Hayes, 1971. p. 6-7
LA RÉVOLUTION française et l’émancipation par l’éducation : Talleyrand, Condorcet, Danton, Lepeletier et Robespierre. Jacques Serieys Sélection 23. Disponível em: http://www.gauchemip.org/spip.php?article908>. Acesso em: 11 de abril de 2014.
LEIDECKER, K. F. Yankee teacher: The life of William Torrey Harris. New York: The Philosophical Library, 1946.
LÉTOUBLON, F.; SGARD, Jean Le. Catalogue comme representation de la bibliothèque. Disponível em: www.voxpoetica.com/sflgc/biblio/bibliafin/letoublonsgard.html>. Acesso em: 1 de julho de 2014.
MALCLÈS, L-N. La Bibliographie. Paris: Presses Universitaires de France, 1956.
MANGUEL, A. Uma história da leitura. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 1997.
METCALF, J.. Subject classifying and indexing of libraries and literature. New York: Scarecrow Press, 1959.
MUDDIMAN, Dave. A new history of ASLIB, 1824-1950. Journal of Documentation, v. 61, n. 3, 2005, p. 402-428.
NAUDÉ, Gabriel. Advis pour dresser une bibliotheque. 1627. Disponível em: http://www.enssib.fr/bibliotheque-numerique/documents/48749-advis-pourdresser-une-bibliotheque-par-gabriel-naude.pdf>
NELLES, Paul. Reading and memory in the Universal Library: Conrad Gessner abd the Renaissance book. In: BECKER, Donald; WILLIAMS, Grant. Ars riminiscendi: Mind and memory in Renaissance culture. Toronto: Centre for Reformation and Renaissance Studies, 2009. p. 147-169.
OLSON, Hope. A potência do não percebido: Hegel, Dewey e seu lugar na corrente principal do pensamento classificatório. InCID Revista de Ciência da Informação e da Documentação, v. 2, n.1, jan/jun 2011, p. 3-15.
ORTEGA, Cristina Dotta. Relações históricas entre Biblioteconomia, Documentação e Ciência da Informação. DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, v.5, n.5, out. 2004.
POMBO, Olga. Da classificação dos seres à classificação dos saberes. Revista da Biblioiteca Nacional de Lisboa, n. 2, 1998.
RANGANATHAN, S. R. Prolegomena to Library classification. Bombay: Asia Publishing House, 1967.
RICHARDSON, E. C. Classification, Theoretical [!] and practical. New York: Scribner’s sons, 1912.
SAMULOWITZ, H.; OCKENFELD, M. Bibliothek und Dokumentation: eine unendliche Geschichte. Information, v. 54, 2003, p. 353-462.
SAYERS. W. C. Berwick. An Introduction to Library Classification: With Readings, Questions and Examination Papers. London: Grafton, 1918.
SCHULTE-ALBERT, Hans G. Gottfried Wilhelm Leibniz and Library Classification. The Journal of Library History, v. 6, n. 2, Apr. 1971, p. 133-15.
SHERA, J.H. EGAN, M.E. Exame do estado atual da biblioteconomia e documentação. In.: BRADFORD, S.C. Documentação. Rio de Janeiro: Fundo de cultura, 1961.
SPITERI, Louise. The Classification Research Group and the theory of integrative levels. The Katherine Sharp Review. 1995. Disponível em: http://www.lis.uiuc.edu/review/summer1995/spiteri.pdf>.
TAUBER, Maurice F. Classification, Cataloging and Indexing systems. In: SHERA, J. (Org.). Information systems in documentation. New York: Interscience, 1957. V. II, p. 39-65.
VICKERY, Brian C. Faceted classification schemes. New Brunswick: Graduate School of Library Science, Rutgers University, 1966.
WILSON, T. D. The work of the British Classification Research Group. In: WELLISCH, Hans (Org.). Information retrieval in the seventies: new directions. Westport: Greenwood, 1972. p. 62-71.
WÜSTER, Eugen. L‘étude scientifique générale de la terminologie, zone frontalière entre la Linguistique, la Logique, l‘Ontologie, l‘Informatique et les Sciences des Choses. In: RONDEAU, G.; FELBER, F. (Org.). Textes choisis de terminologie: I: fondéments théoriques de la terminologie. Québec: GIRSTERM, 198. p. 57-114.

Downloads

Publicado

2017-10-29

Como Citar

Gomes, H. E. (2017). Marcos históricos e teóricos da organização do conhecimento. Informação & Informação, 22(2), 33–66. https://doi.org/10.5433/1981-8920.2017v22n2p33

Edição

Seção

Artigos