Cultura, Resistência e Identidade Camponesa no Território: o cerne da música caipira esvaziado nos acordes da música sertaneja
DOI:
https://doi.org/10.5433/2447-1747.2024v33n1p125Resumo
Na atualidade, a visão que se tem sobre o campo é majoritariamente embasada pela produção artística (música, filmes, novelas). Em seu processo histórico, as raízes dos fenômenos que formaram o espaço da cultura caipira foram “esquecidas”. O advento da organização espacial e territorial dos centros urbanos, no século XX, evidenciou o êxodo rural de camponeses caipiras, impulsionando a introdução e aceitação da música sertaneja no espaço urbano. Puxada pela industria cultural, a música sertaneja passa ser retrato do que é o campo. Desta forma, o MST produz resistência frente a esse modelo de cultura para o campo. Este artigo busca apresentar como as diferenças na forma de conceber o território pelos agentes sociais, junto das forças do capital no espaço urbano e no espaço campesino, provocaram mudanças da cultura caipira para a cultura sertaneja. Tendo como cenário a região sudeste do Brasil, início do século XX até o final dele, é exemplificado, nas mudanças urbanas e sociais, os motivos para a concepção distorcida da cultura caipira e sua influência na forma de compreensão do território campesino. Considerou-se a pesquisa qualitativa e a revisão bibliográfica os estudos para estruturação da temática.
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