Ecodesign gráfico: teoria e prática

Autores

  • Camila Santos Doubek Lopes Universidade Estadual de Londrina

Palavras-chave:

Design gráfico, Ecodesign, Geografia.

Resumo

A presente pesquisa tratou da adequação da prática do designer gráfico ao paradigma ecológico do Ecodesign, e da construção histórica e conceitual que permeia essa mudança, como a relação sociedade-natureza e o ambientalismo. Por ser um tema pouco explorado, não existe material completo de consulta no contexto nacional, tampouco a cultura de pensar o produto gráfico de modo menos impactante. O material de consulta para designers e educadores da área gráfica é ineficiente, pois se refere às etapas de impressão ou de projeto de produtos tridimensionais, ou ainda não possui dados técnicos sistematizados. O objetivo geral desta foi trazer as bases do ecodesign gráfico através da ótica geográfica. Os objetivos gerais foram: (i) realizar o levantamento histórico do Ecodesign Gráfico tendo como base os movimentos sociais ambientalistas; (ii) analisar ambientalmente os materiais e processos gráficos, definir as ferramentas estratégicas para o designer e, (iii) criar um Guia de práticas Ambientais para o designer gráfico. O método de interpretação empregado foi a dialética, e a ideologia ambiental para análise dos resultados foi a Verde. O meio técnico da pesquisa foi observacional, e o nível de pesquisa foi exploratório com delineamento bibliográfico. Foram realizados dois estudos de campo por meio de questionários. O primeiro, objetivou diagnosticar, através de questões fechadas, o posicionamento dos designers diante das questões ambientais e também quanto à utilização de ferramentas estratégicas. O segundo, que contou com questões abertas e fechadas, procurou identificar as impressões do designer gráfico sobre o Guia. A Análise de Ciclo de Vida foi realizada com o software SimaPro 8.1.1.16, e seus resultados averiguados por meio dos gráficos gerados. A pesquisa foi direcionada a partir dos resultados do primeiro diagnóstico, e evidenciada a demanda de criação de material de base para o designer. As análises ambientais destacaram a necessidade de mudança de determinados paradigmas estabelecidos, como o uso intensivo de enobrecimentos, papel revestido, preenchimento do layout com tintas, uso de determinadas cores especiais, entre outras práticas. A inversão dessas normas leva a um produto gráfico mais leve visual e ambientalmente, na contramão da tendência estética vigente, portanto demandando mudança do paradigma dessa estética. Uma compilação dos resultados foi feita e adaptada para o Guia, que foi diagramado e impresso. Os dados levantados mostram que, ao contrário do que os próprios designers imaginam, o produto gráfico de baixo impacto impactante é, em sua maioria, menos oneroso. Como recomendação para futuros estudos, indica-se realizar o diagnóstico da capacitação ambiental do designer na universidade.

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Biografia do Autor

Camila Santos Doubek Lopes, Universidade Estadual de Londrina

Natural de São Paulo/SP, formou-se em Design pela UNESP em Bauru/SP. Atuou no mercado editorial em São Paulo por alguns anos antes de realizar o mestrado na área de Ecodesign no curso de Engenharia Florestal na ESALQ/USP, em Piracicaba/SP. Seu doutorado, concluído em 2016 foi na área ambiental, no departamento de Geociências da UEL. Sua carreira acadêmica teve início na Universidade do Senac, em São Paulo e é professora efetiva no curso de Design Gráfico da UEL desde 2012, onde leciona e pesquisa na área de Ecodesign Gráfico.

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Publicado

2018-08-10

Como Citar

Lopes, C. S. D. (2018). Ecodesign gráfico: teoria e prática. Geografia (Londrina), 27(2), 311–313. Recuperado de https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/view/28346

Edição

Seção

Resumos de Dissertações e Teses