Decifrar os sinais: deslocamento e espaços urbanos em No país das últimas coisas, de Paul Auster

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/el.2012v10.e25767

Palavras-chave:

Paul Auster, Espaços Urbanos, Ficção Contemporânea

Resumo

Na cidade de No país das últimas coisas, romance de Paul Auster, o confronto com estranhos deve ser evitado, ainda que os personagens sejam impelidos à proximidade. Não distante desse processo, a consolidação do difícil vínculo de pertencimento — que configura uma busca incessante — jamais pode ser alcançada, pois, nessa cidade fragmentada, sempre se é estrangeiro. Em diálogo com reflexões sobre os deslocamentos nas cidades contemporâneas, analisa-se, no texto de Auster, a encenação literária tanto da perda dos espaços públicos (territórios de produção subjetiva) quanto da conseqüente rarefação dos contatos com o outro (fundamentais para a constituição efetiva do eu).

 

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Biografia do Autor

Rafaela Scardino, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Doutora em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Referências

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Publicado

2012-04-24

Como Citar

Scardino, R. (2012). Decifrar os sinais: deslocamento e espaços urbanos em No país das últimas coisas, de Paul Auster. Estação Literária, 10(2Supl), 154–165. https://doi.org/10.5433/el.2012v10.e25767

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Temático