A prioridade da saúde mental e trabalho na atenção básica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2022.v13.46348

Palavras-chave:

Trabalho, Saúde ocupacional, Saúde, Serviços de saúde

Resumo

A incidência de problemas de saúde mental relacionada ao trabalho desperta interesse de pesquisadores e profissionais da saúde, embora a temática não seja prioritária na atenção básica. Poucas pesquisas descrevem os processos subjacentes à determinação das prioridades de saúde. Objetivou-se verificar a prioridade dada ao tema, e a sua relação com razões e concepções de profissionais de saúde subjacentes aos processos de implementação de políticas e ações de saúde do trabalhador e saúde mental relacionada ao trabalho na atenção básica. Trata-se de estudo qualitativo realizado com utilização de entrevistas com gestores e profissionais de saúde, analisado por meio de análise de conteúdo. Identificou-se que a saúde mental relacionada ao trabalho não é prioridade. Isto se deve, em parte, à escassez de informações, divisão rígida entre planejamento e execução de ações, e precarização das condições de trabalho. Os resultados indicam caminhos para aprimoramento das ações nesta área em nível municipal.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Leonardo Alexandrino de Almeida, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal do Espírito Santo

Roberta Belizário Alves, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Doutor em Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo

Thiago Drumond Moraes, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Doutor em Psicologia Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Monica de Fátima Bianco, Universidade Federal do Espírito Santo - UFES

Doutora em Engenharia de produção pela POLI-USP. Professora da Universidade Federal do Espírito Santo

Referências

Almeida, L. A. d., Bianco, M. d. F., Moraes, T. D., Alves, R. B., Bastianello, G., & Vicentini, N. d. S. (2021). O trabalho como determinante da saúde e espaço de desenvolvimento de competências. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 21(2), 1446-1455. https://doi.org/10.5935/rpot/2021.2.21507 DOI: https://doi.org/10.5935/rpot/2021.2.21507

Araújo, T. M., Palma, T. F., & Araújo, N. D. C. (2017). Work-related Mental Health Surveillance in Brazil: characteristics, difficulties, and challenges. Ciência e Saúde Coletiva, 22(10), 3235-3246. https://doi.org/10.1590/1413-812320172210.17552017 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-812320172210.17552017

Bernardo, M. H., & Garbin, A. D. C. (2011). A atenção à saúde mental relacionada ao trabalho no SUS: desafios e possibilidades. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 36(123), 103-117. https://doi.org/10.1590/s0303-76572011000100010 DOI: https://doi.org/10.1590/S0303-76572011000100010

Bernardo, M. H., Souza, H. A. d., Pinzón, J. G., & Kawamura, E. A. (2015). Salud mental relacionada con el trabajo: desafíos para las políticas públicas. Universitas Psychologica, 14, 1613-1624. https://doi.org/10.11144/Javeriana.upsy14-5.smrt DOI: https://doi.org/10.11144/Javeriana.upsy14-5.smrt

Brasil. (2017). Adoecimento mental e trabalho: a concessão de benefícios por incapacidade relacionados a transtornos mentais e comportamentais a empregados entre 2012 e 2016. Brasília: Ministério da Fazenda. Secretaria da Previdência.

Cardoso, M. D. C. B., & Araújo, T. M. D. (2018). Atenção aos transtornos mentais relacionados ao trabalho nas regiões do Brasil. Psicologia & Sociedade, 30, e163746. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30163746 DOI: https://doi.org/10.1590/1807-0310/2018v30163746

Garbin, A. D. C., & Pintor, E. A. D. S. (2019). Estratégias de intra e intersetorialidade para transversalizar a saúde do trabalhador em todos os níveis de atenção à saúde. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 44, e18. https://doi.org/10.1590/2317-6369000030118 DOI: https://doi.org/10.1590/2317-6369000030118

Gibbs, G. (2009). Análise de dados qualitativos. Porto Alegre: Artemed.

Lacaz, F. A. C., Trapé, A., Soares, C. B., & Santos, A. P. L. (2013). Estratégia saúde da família e saúde do trabalhador: um diálogo possível? Interface - Comunicação, Saúde, Educação, 17(44), 75-87. https://doi.org/10.1590/S1414-32832013000100007 DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-32832013000100007

Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990. Brasília, DF: Diário Oficial da União.

Merlo, Á. R. C., Bottega, C. G., & Perez, K. V. (Eds.). (2014). Atenção à saúde mental do trabalhador: sofrimento e transtornos psíquicos relacionados ao trabalho. Porto Alegre: Evangraf.

Minayo-Gomez, C., Vasconcellos, L. C. F. d., & Machado, J. M. H. (2018). Saúde do trabalhador: aspectos históricos, avanços e desafios no Sistema Único de Saúde. Ciências & Saude Coletiva, 23(6), 1963-1970. https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.04922018 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.04922018

Mori, É. C., & Naghettini, A. V. (2016). Formação de médicos e enfermeiros da estratégia Saúde da Família no aspecto da saúde do trabalhador. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 50(n. spe), 25-31. https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000300004 DOI: https://doi.org/10.1590/S0080-623420160000300004

Oliveira, P. R. A. d., Portela, M. C., Corrêa Filho, H. R., & Souza, W. R. d. (2021). Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP): risco das sete atividades econômicas e condições incapacitantes mais frequentes, Brasil, 2000-2016. Cadernos de Saúde Pública, 37(5), e00191119. https://doi.org/10.1590/0102-311x00191119 DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00191119

Portaria n° 777, de 28 de abril de 2004. Brasília, DF: Ministério da Saúde.

Ribeiro, H. K. P., Santos, J. D. M., Silva, M. D. G. E., Medeiro, F. D. D. A., & Fernandes, M. A. (2019). Transtornos de ansiedade como causa de afastamentos laborais. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, 44, e1. https://doi.org/10.1590/2317-6369000021417 DOI: https://doi.org/10.1590/2317-6369000021417

Santos, R. C. D., & Bosi, M. L. M. (2021). Saúde Mental na Atenção Básica: perspectivas de profissionais da Estratégia Saúde da Família no Nordeste do Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, 26(5), 1739-1748. https://doi.org/10.1590/1413-81232021265.04902021 DOI: https://doi.org/10.1590/1413-81232021265.04902021

Sim, J., Saunders, B., Waterfield, J., & Kingstone, T. (2018). Can sample size in qualitative research be determined a priori? International Journal of Social Research Methodology, 21(5), 619-634. https://doi.org/10.1080/13645579.2018.1454643 DOI: https://doi.org/10.1080/13645579.2018.1454643

Vasconcellos, L. C. F. D., & Gaze, R. (2013). Saúde, trabalho e ambiente na perspectiva da integralidade: o método de Bernardino Ramazzini. Revista Em Pauta, 11(32), 65-88. https://doi.org/10.12957/rep.2013.10156 DOI: https://doi.org/10.12957/rep.2013.10156

World Health Organization. (2021). Mental health atlas 2020 World Health Organization.

Downloads

Publicado

2023-04-10

Como Citar

Almeida, L. A. de, Alves, R. B., Moraes, T. D., & Bianco, M. de F. (2023). A prioridade da saúde mental e trabalho na atenção básica. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 13, 01–26. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2022.v13.46348

Edição

Seção

Artigos Originais