A subjetividade do cidadão brasileiro: Tessituras entre psicanálise, história e democracia
DOI:
https://doi.org/10.5433/2236-6407.2014v5n1p64Palavras-chave:
psicanálise, democracia, históriaResumo
O artigo pretende problematizar criticamente aspectos referentes à subjetividade no espaço social a partir do jargão “jeitinho brasileiro”. Para tanto, busca-se compreender as relações entre o desamparo constitutivo do sujeito, a função fraterna e a democracia no Brasil, ao elucidar como se configura a subjetividade do cidadão brasileiro e seus desdobramentos no espaço social. A pesquisa realiza uma revisão narrativa de autores clássicos e contemporâneos da Psicanálise, do Direito e da História. Entende-se que em situações atuais de desamparo o sujeito reduz seus semelhantes a simples objetos visando ao próprio gozo, colocando a alteridade entre parênteses, fato que prejudica a efetivação de qualquer projeto democrático. Constata-se como consequência um mal estar generalizado no espaço social brasileiro, pois o sujeito percebe no “jeitinho brasileiro” uma via possível de descarga pulsional.Métricas
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