Aproximações entre E. Husserl e C. G. Jung: da crítica à fundação de uma nova psicologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n3p153

Palavras-chave:

fenomenologia, psicologia analítica, experiência, método fenomenológico, inconsciente

Resumo

Pode-se encontrar aproximações entre a proposta fenomenológica de Edmund Husserl (1859-1938) com algumas ideias da Psicologia Analítica de C. G Jung (1875-1961), principalmente no que se refere à crítica que ambos promoveram em relação à Psicologia científica e à concepção de uma Psicologia mais humana. Esse estudo, seguindo o procedimento da pesquisa qualitativa teóricobibliográfica, teve o objetivo de explicitar e, em seguida, aproximar as duas propostas epistemológicas e metodológicas, trazendo os conceitos e estruturações da Fenomenologia e da Psicologia Analítica, correlacionando os pontos de convergência nos quais se equiparam e/ou complementam. Como resultado, observou-se que, tanto Husserl quanto Jung, elaboraram outra concepção filosófica, reagindo ao materialismo e naturalismo positivista; ampliaram o conceito de experiência (empiria); desenvolveram um método de investigação que considera a subjetividade pura; e, por fim, fundaram uma nova Psicologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

Carolina Rodrigues Oliveira, Universidade Federal de Uberlândia

Mestranda em Psicologia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU. 

Tommy Akira Goto, Universidade Federal de Uberlândia

Doutor em Psicologia Clínica (PUC-Campinas). Professor da Universidade Federal de Uberlândia - UFU.

Referências

Araújo, S. F. (2013). O manifesto dos filósofos alemães contra a psicologia experimental: introdução, tradução e comentários. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 13(1), 298-311. Rio de Janeiro. Recuperado em 20 de janeiro de 2020, de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/epp/v13n1/v13n1a18.pdf.

Bello, A. A. (2004). Fenomenologia e ciências humanas: Psicologia, história e religião. Bauru, SP: Edusc.

Bello, A. A. (2017). Introdução à Fenomenologia. Belo Horizonte, BH: Spes Editora.

Brooke, R. (2005). Pathways into the Jungian world: Phenomenology and analytical psychology. Londres: Routledge.

Camolesi, M. E. D. (1993). A unilateralidade da razão: A crítica junguiana (Dissertação de mestrado). Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro.

Castañon, G. A., & Cormanich, E. L. (2018). O conceito de psicologia fenomenológica na obra husserliana e suas implicações para a psicologia. Revista Nufen: Phenomenology and Interdisciplinarity 10(3), 143-165. doi:10.26823/RevistadoNUFEN.vol10.n03artigo41

Clarke, J. J. (1993). Em busca de Jung: Indagações históricas e filosóficas. Rio de Janeiro, RJ: Ediouro.

Costa, I. I. D., Goto, T. A., & Holanda, A. F. (2018). Fenomenologia transcendental e a psicologia fenomenológica de Edmund Husserl. Revista Nufen: Phenomenology and Interdisciplinarity 10(3), 38-53. doi:10.26823/RevistadoNUFEN.vol10.n03artigo35

Denzin, N. K., & Lincoln, Y. S. (2006). Introdução: A disciplina e a prática da pesquisa qualitativa. In N. K. Denzin, & Y. S. Lincoln (Eds.), O planejamento da pesquisa qualitativa: Teorias e abordagens. (2a ed). Porto Alegre, RS: Artmed.

D. Romanyshyn, R. (2005). Alchemy and the subtle body of metaphor: Soul and cosmos. In R. Brooke (Ed.), Pathways into the Jungian world: Phenomenology and analytical psychology. Londres: Routledge.

Goto, T. A. (2007). A (Re)constituição da Psicologia Fenomenológica em Edmund Husserl. São Paulo, SP: PUC Campinas.

Goto, T. A. (2013). Introdução à fenomenologia de Edmund Husserl e à psicologia fenomenológica. Belo Horizonte (MG): Fundação de Saúde Integral Humanística. [Arquivo de vídeo]. Recuperado em 04 de outubro de 2019, de: https://www.youtube.com/watch?v=_RR9dHtF3e4.

Goto, T. A. (2015). Introdução à psicologia fenomenológica: A nova psicologia de Edmund Husserl. São Paulo, SP: Paulus.

Hall, C., & Nordby, V. (2014). Introdução à psicologia junguiana. São Paulo, SP: Cultrix. (Trabalho original publicado em 1980).

Henry, J. (1998). A revolução científica e a historiografia da ciência. In Revolução científica e as origens da ciência moderna. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar Ed.

Hoffman, E. (Ed.). (2005). A sabedoria de Carl Jung. São Paulo, SP: Palas Athenas.

Husserl, E. (1965). A Filosofia como ciência de rigor. Coimbra: Atlantida. (Trabalho original publicado em 1910).

Husserl, E. (2006). Ideias para uma fenomenologia pura e uma filosofia fenomenológica. Aparecida: Ideias e Letras. (Trabalho original publicado em 1913).

Husserl, E. (2012). A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: Uma introdução à filosofia fenomenológica. Rio de Janeiro, RJ: Editora Forense Universitária. (Trabalho original publicado em 1954).

Jung, C. G. (1983). The Zofingia lectures. In The Collected Works Suplementary. Londres: Routledge & Kegan Paul. (Trabalho original publicado em 1896).

Jung, C. G. (1987) Psicologia e religião. Petrópolis, RJ: Vozes (Trabalho original publicado em 1939).

Jung, C. G. (1991). Psicologia analítica e cosmovisão. In Natureza da Psique. Petrópolis, RJ: Vozes: Vozes. (Trabalho original publicado em 1931).

Jung, C. G. (2000). Os arquétipos e o inconsciente coletivo. (6a ed.) Petrópolis, RJ: Vozes. (Trabalho original publicado em 1976).

Jung, C. G. (2001). Cartas de C. G. Jung: 1906-1945. (vol. I). Petrópolis, RJ: Vozes.

Jung, C. G. (2016). O homem e seus símbolos (3a ed.). Rio de Janeiro, RJ: Harper Collins. (Trabalho original publicado em 1964).

Jung, C. G. (2019). Memórias, sonhos, reflexões. Rio de Janeiro, RJ: Nova Fronteira. (Trabalho original publicado em 1961).

Lima, T. C. S. & Mioto, R. C. T. (2007). Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: A pesquisa bibliográfica. Revista Katálysis, 10(spe), 37-45. doi:10.1590/S1414-49802007000300004

Martinelli, A. V. (2018). As origens do pensamento de Edmund Husserl: Do psicologismo à fenomenologia. Revista Peri, 10(1), 36-57.

Mook, B. (2005). Phenomenology, analytical psychology, and play therapy. In R. Brooke (Ed.), Pathways into the Jungian world: Phenomenology and analytical psychology. Londres: Routledge.

San Martín, J. (1987). La fenomenología de Husserl como utopía de la razón. Barcelona: Anthropos.

Schenk, R. (2005). Spirit in the tube: The life of television. In R. Brooke (Ed.), Pathways into the Jungian world: Phenomenology and analytical psychology. Londres: Routledge.

Spiegelberg, H. (1972). Phenomenology in Psychology and Psychiatry. Evanston: Northwestern University Press.

Tourinho, C. D. C. (2011). A crítica da Fenomenologia de Husserl à visão positivista nas ciências humanas. Revista da Abordagem Gestáltica, 17(2), 131-136.

Tourinho, C. D. C. (2013). A crítica de Husserl ao positivismo. Revista Virtual EnFil: Encontros com a Filosofia, 1, 1-12.

Downloads

Publicado

2020-12-18

Como Citar

Oliveira, C. R., & Goto, T. A. (2020). Aproximações entre E. Husserl e C. G. Jung: da crítica à fundação de uma nova psicologia. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 11(3), 153–173. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n3p153

Edição

Seção

Artigos Originais