A família diante da experiência de enfrentamento dos transtornos do espectro autista: uma visão subjetiva

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n1p182

Palavras-chave:

transtorno do espectro autista, família, subjetividade, enfrentamento.

Resumo

O presente estudo aborda a experiência subjetiva de famílias em cujo núcleo há membros diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista. O objetivo foi apresentar as experiências e as iniciativas adotadas por estas famílias no enfrentamento desse tipo de transtorno. Buscou-se estabelecer um diálogo entre tais contextos familiares e estudos recentes, bem como aprofundar a compreensão de aspectos da dimensão subjetiva desses contextos familiares, de forma a prestar uma contribuição a um tema de alta relevância para o equilíbrio familiar e a saúde psíquica dos cuidadores. Para a construção das informações sobre a temática, realizou-se pesquisa de abordagem qualitativa, com a aplicação de entrevistas semiestruturadas que levaram a uma visão comum das experiências e situações estressoras. Verificou-se que diferentes estratégias de enfrentamento podem favorecer o equilíbrio de forças no âmbito familiar, com reflexos na melhor qualidade de vida do principal cuidador.

Biografia do Autor

Flávio Vieira Talasca, Centro Universitário do Distrito Federal-UDF

Bacharel em Administração pelas Faculdades Metropolitanas Unidas. ervidor Público da ANEEL, Superintendência de Gestão Técnica da Informação - SGI

 

Antonia Vanda de Carvalho, Centro Universitário do Distrito Federal-UDF

Psicóloga. Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Cruzeiro do Sul.

Luanda Andrade Veloso, Centro Universitário do Distrito Federal-UDF

Psicóloga pelo Centro Universitário do Distrito Federal-UDF

Jéssica Helena Vaz Malaquias, Centro Universitário do Distrito Federal-UDF

Doutora em Psicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Processos do Desenvolvimento Humano e Saúde (UnB). Professora Assistente do Curso de Psicologia do Centro Universitário do Distrito Federal UDF.

Referências

Aguiar, M. C. M., & Pondé, M. P. (2019). Parenting a child with autism. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 68(1), 42-47 doi: 10.1590/0047-2085000000223.

American Psychiatric Association. (2014). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-5 (5ª ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.

Assunção Jr., F. B., & Kucznski, E. (2018). Autismo: Conceito e Diagnóstico. In A. C., Sella, & D. M. Ribeiro (Eds.). Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista. Curitiba, PR: Appris.

Cheniaux, E. (2019). Psicopatologia e diagnóstico da depressão. In J. Quevedo, A. E. Nardi, & A. G. Silva, (Eds.). Depressão: Teoria e clínica (2ª ed.). Porto Alegre, RS: Artmed.

DeGrace, B. W. (2004). The everyday occupation of families with children with autism. American Journal of Occupation Therapy, 58(5), 543-550. doi: 10.5014/ajot.58.5.543.

Duarte, R. (2004). Entrevistas em pesquisas qualitativas. Educar, 24, 213-225. doi: 10.1590/0104-4060.357

Erikson, E. H. (1972). Identidade, juventude e crise. Rio de Janeiro, RJ: Zahar. (Trabalho original publicado em 1968).
Fávero, M. A. B., & Santos, M. A. (2005). Autismo infantil e estresse familiar: Uma revisão sistemática da literatura. Psicologia: Reflexão e Crítica, 18(3), 358-369. doi: 10.1590/SO102-79722005000300010

Gill, M. J., & Harris, S. L. (1991). Hardiness and social support as predictors of psychological discomfort in mothers of children with autism. Journal of Autism and Developmental Disorders, 21(4),
407-416. doi: 10.1007/BF02206867

Granato, T. M. M, & Aiello-Vaisberg, T. M. J. (2013). Narrativas interativas sobre o cuidado materno e seus sentidos afetivo-emocionais. Psicologia Clínica, 25(1), 17-35. doi: 10.1590/S0103-56652013000100002

Gomes, P. T. M., Lima, L. H. L, Bueno, M. K. G., Araújo, L. A., & Souza, N. M. (2015). Autismo no Brasil, desafios familiares e estratégias de superação. Jornal de Pediatria, 91(2), 111-121. doi: 10.1016/j.jped.2014.08.009

Hamer, B. L., Manente, M. V., & Capellini, V. L. M. F. (2014). Autismo e família: Revisão bibliográfica em bases de dados nacionais. Revista Psicopedagogia, 31(95), 169-177.

Henn, C. G., & Sifuentes, M. (2012). Paternidade no contexto das necessidades especiais: Revisão sistemática da literatura. Paidéia, 22(51), 131-139. doi: 10.1590/S0103-863X2012000100015

Lefevre, F., Lefevre, A. M. C., & Teixeira, J. J. V. (2000). O discurso do sujeito coletivo: Um novo enfoque em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul, RS: Educs.

Lefèvre, F., & Lefèvre, A. M. C. (2014). Discurso do sujeito coletivo: Representações sociais e intervenções comunicativas. Texto Contexto – Enfermagem, 23(2), 502-507. doi: 10.1590/0104-07072014000000014

Lins, L. P. A. (2011). A criança com síndrome de Down e sua família: Um estudo sobre a dinâmica familiar de acordo com a perspectiva sistêmica. (Dissertação de mestrado). Universidade Católica de Brasília, Brasília, DF.

Mapeli, L. D., Barbieri, M. C., Castro, G. Z. B., Boneli, M. A., Wernet. M., & Dupas, G. (2018). Criança com transtorno do espectro autista: Cuidado na perspectiva familiar. Escola Anna Nery, 22(4), e20180116. doi: 10.1590/2177-9465-ean-2018-0116

Matsukura, T. S., & Menecheli, L. A. (2011). Famílias de crianças autistas: Demandas e expectativas referentes ao cotidiano de cuidados e ao tratamento. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional da UFSCar, 19(2), 137-152.

Messa, A. A., & Flamenghi Jr, G. A. (2010). O impacto da deficiência nos irmãos: Histórias de vida. Ciência & Saúde Coletiva, 15(2), 529-538. doi: 10.1590/S1413-81232010000200029

Minatel, M. M., & Matsukura, T. S. (2014). Famílias de crianças e adolescentes com autismo: Cotidiano e realidade de cuidados em diferentes etapas do desenvolvimento. Revista de Terapia Ocupacional da Universidade de São Paulo, 25(2), 126-134. doi: 10.11606/issn.2238-6149.v25i2p126-134

Minayo, M. C. (2014). Reflexividade como éthos da pesquisa qualitativa. Ciência & Saúde Coletiva, 19(4), 1.103-1.112. doi: 10.1590/1413-81233014194.18912013

Ministério da Saúde. (2014). Atenção domiciliar no SUS: Resultados do laboratório de inovação em atenção domiciliar. Brasília, DF: Ministério da Saúde. Recuperado de https://apsredes.org/publicacao-apresenta-os-resultados-do-laboratorio-de-inovacoes-em-atencao-domiciliar-no-sus-2.

Schmidt, C., & Bosa, C. A. (2003). A investigação do impacto do autismo na família: Revisão científica da literatura e proposta de um novo modelo. Interação em Psicologia, 7(2), 111-120. doi: 10.5380/psi.v7I2.3229

Schoen-Ferreira, T. H., Aznar-Farias, M. & Silvares, E. F. M. (2003). A construção da identidade em adolescentes: Um estudo exploratório. Estudos de Psicologia (Natal), 8(1), 107-115. doi: 10.1590/S1413-294X2003000100012

Stake, R. E. (2011). Pesquisa qualitativa: Estudando como as coisas funcionam. Porto Alegre, RS: Artmed.

Varella, A. A. B., & Amaral, R. N. (2018). Os sinais precoces do transtorno do espectro autista. In A. C. Sella, & D. M. Ribeiro, (Eds.). Análise do comportamento aplicada ao transtorno do espectro autista. Curitiba, PR: Appris.

Zampieri, M. A. J. (2004). Padrão de codependência e prevalência de sintomas psicossomáticos. (Dissertação de Mestrado). Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto, SP.

Downloads

Publicado

2020-05-04

Como Citar

Talasca, F. V., Carvalho, A. V. de, Veloso, L. A., & Malaquias, J. H. V. (2020). A família diante da experiência de enfrentamento dos transtornos do espectro autista: uma visão subjetiva. Estudos Interdisciplinares Em Psicologia, 11(1), 182–200. https://doi.org/10.5433/2236-6407.2020v11n1p182

Edição

Seção

Artigos Originais