O processo criativo e a construção da realidade na “Trilogia do Povo” de Eduardo Coutinho

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-7939.2024v21n36p130

Palavras-chave:

Eduardo Coutinho, Processo Criativo, Cinema Documentário, Trilogia do Povo

Resumo

Este artigo propõe uma análise sobre o processo de criação do cineasta brasileiro Eduardo Coutinho a partir de três importantes longas-metragens do autor - que, neste trabalho, chamaremos de “Trilogia do Povo”: Santo Forte (1999), Babilônia 2000 (2000) e Edifício Master (2002). Parte-se do pressuposto de que o cinema documentário, enquanto produto midiático, reflete determinadas construções que geram impacto nas narrativas contemporâneas e, por conseguinte, na formação de representações sociais. Com análise fundamentada nas teorias de Sennett, Deleuze e Riesman foram abordados aspectos que perpassam o cinema de Eduardo Coutinho, como a questão da verdade no cinema documentário e a exposição da intimidade. Para além da necessidade inquestionável de diálogo sobre autor e obra, é essencial pensar no tempo presente em que o objeto de análise está inserido. Ao final, pode
se concluir que o cinema tem papel fundamental na construção de imagens e de representações.

 

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Biografia do Autor

Renata Cabrera Borges, Universidade Estadual de Londrina ×

Mestre em Comunicação da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Rozinaldo Antonio Miani, Universidade Estadual de Londrina

Doutor em História pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Professor da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

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Publicado

2024-06-10

Como Citar

Cabrera Borges, R., & Miani, R. A. (2024). O processo criativo e a construção da realidade na “Trilogia do Povo” de Eduardo Coutinho. Discursos Fotograficos, 21(36), 130–153. https://doi.org/10.5433/1984-7939.2024v21n36p130

Edição

Seção

Artigos