Análise microbiológica da carne suína in natura comercializada em feiras livres da Microrregião do Brejo Paraibano.
Palabras clave:
consumo de carne, microbiologia, contaminação, micro-organismo.Resumen
Objetivou-se realizar uma análise microbiológica na carne suína in natura comercializada em feiras livres de municípios da microrregião do Brejo Paraibano: Areia, Alagoa Grande, Alagoa Nova, Pilões, Bananeiras, Borborema e Serraria. As amostras coletadas do músculo Longissimus dorsi (25 g) de dezenove carcaças suínas foram acondicionadas em sacos plásticos estéreis e transportadas em temperatura de refrigeração para o Laboratório de Medicina Veterinária Preventiva do CCA/UFPB/Areia para: (i) contagem de coliformes totais e termotolerantes a 36oC (NMP/g); (ii) contagem total de bactérias aeróbias mesófilas (UFC/g); e (iii) verificação da presença ou ausência de Staphylococcus spp. e de Salmonella spp. Constatou-se que todas as amostras, exceto a controle, apresentaram elevados índices de contaminação pelos patógenos avaliados. Das carcaças, 17 (89,47%) mostraram-se contaminadas com Staphylococcus spp., e 11 (57,89%) apresentaram contaminação em níveis acima ou nos limites preconizados pela legislação brasileira para coliformes totais e termotolerantes. Todas as amostras (carcaças) foram identificadas com contaminação por bactérias aeróbias mesófilas, tendo sido encontrados índices de < 2,5x101 UFC/g a > 2,5x107 UFC/g, mínimo e máximo, respectivamente. Das carcaças analisadas, 18 (94,74%) apresentaram valores acima de 104 UFC/g de aeróbias mesófilas; destas, oito (42,11%) foram identificadas com contagens iguais ou superiores a 1,4x106 UFC/g de carne. Foi detectada a presença de Salmonella spp. em cinco das carcaças estudadas (26,32%). Concluiu-se que, em todas as carcaças analisadas, foi identificada contaminação acima dos padrões aceitáveis pela legislação brasileira, o que torna os produtos impróprios para o consumo por não atenderem a todos os requisitos microbiológicos.
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Citas
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