“O Partido Comunista e a Liberdade de Criação”: frentismo cultural em tempos de democratização
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2019v12n24p428Palabras clave:
Partido Comunista do Brasil, Escritores, Frentismo cultural, Democratização, América Latina.Resumen
Este artigo realiza apontamentos para uma reflexão sobre o significado político-cultural dos discursos proferidos pelo poeta chileno Pablo Neruda e pelos brasileiros Pedro Pomar, Secretário de Educação e Propaganda do Partido Comunista do Brasil (PCB), e Jorge Amado, escritor comunista, no primeiro encontro do PCB com escritores. Pouco explorado nos estudos sobre as ações e político-culturais do PCB, este evento aconteceu em julho de 1945, na cidade de São Paulo, durante as mobilizações pela democratização política do Brasil, pela legalização do PCB e pela anistia de Luís Carlos Prestes, Secretário-Geral do partido desde 1943. Os discursos proferidos por Neruda, Pomar e Amado foram reunidos no livreto intitulado “O Partido Comunista e a Liberdade de Criação”, publicado pela editora Horizonte, em 1946. O artigo analisa este documento, talvez o único ou principal registro do encontro, procurando relacioná-lo com o esforço pecebista para tornar a experiência do frentismo cultural, realizado na clandestinidade, numa proposta de programa cultural para o contexto da legalidade. Nessa perspectiva, destaca-se o empenho para reafirmar concepções e valorizar projetos literários desenvolvidos desde a década de 1930 e o significado das militâncias de Jorge Amado e Pablo Neruda na América Latina.Descargas
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