A coluna política de Adalgisa Nery no Jornal Última Hora e a crise pré-1964 no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1984-3356.2017v10n19p211Palabras clave:
Imprensa, Jornalismo, Golpe civil militar, Nacionalismo, Guerra FriaResumen
Entre o fim da Era Vargas e o golpe civil-militar de abril de 1964, a escritora Adalgisa Nery publicou diariamente uma coluna política no jornal “Última Hora.” Seu trabalho no jornalismo lhe rendeu uma cadeira como deputada estadual da Guanabara, estado criado após a transferência da capital federal para Brasília em 1960. Herdeira da tradição política de Getúlio Vargas, Adalgisa Nery tinha um estilo que lhe era característico, valendo-se de metáforas, ironia e certa dose de agressividade, sustentando uma posição fortemente nacionalista. A proposta deste artigo é discutir a polarização política refletida na imprensa brasileira às vésperas do golpe civil-militar de 1964 por meio da análise dos artigos da coluna “Retrato sem retoque” assinada por Adalgisa Nery.Descargas
Citas
ASSIS, Denise. Propaganda e Cinema a serviço do golpe-1962/1964. Rio de Janeiro: Mauad/FAPERJ, 2001.
BUITONI, Dulcilia Helena Schorceder. Mulher de papel: a representação da mulher na imprensa feminina brasileira. São Paulo: Loyola, 1981.
CAMPOS, Fátima Cristina Gonçalves. Visões e Vozes: o governo Goulart nas páginas da Tribuna da Imprensa e Última Hora (1961-1964) Dissertação (Mestrado em História Social das Idéias) – UFF, Niterói, 1996.
DREIFUSS, R. A. 1964: A conquista do Estado: ação política, poder e golpe de classe. Petrópolis: Ed. Vozes, 1981.
FERREIRA, Jorge. O imaginário trabalhista: getulismo, PTB e cultura política popular 1945-1964. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005.
FERREIRA, Marieta de Moraes. A reforma do jornal do Brasil. In: ABREU. Alzira Alves (Org.). A imprensa em transição: o jornalismo brasileiro nos anos 50. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1996. p.141-155.
GRAMSCI, Antonio. Os intelectuais e a organização da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
KIERNAN, V. G. Estados Unidos: o novo imperialismo. Rio de Janeiro: Record, 2009.
LABAKI, Amir. A crise da renúncia e a solução parlamentarista. São Paulo: Brasiliense, 1986.
LAMARÃO, Sérgio. Ação Democrática Parlamentar. In: ABREU, Alzira Alves. Dicionário histórico-biográfico brasileiro, pós-1930 (DHBB). Rio de Janeiro: CPDOC/FGV, 2000. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/ verbete-tematico/acao-democraticaparlamentar-adp. Acesso em: 30 jun. 2017.
MARTINS FILHO, João Roberto. Forças Armadas e política, 1945-1964: a ante sala do golpe. In: FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucila de Almeida Neves (Org.). O tempo da experiência democrática: da democratização de 1945 ao golpe civil-militar de 1964. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
MAYER, Jorge Miguel. XAVIER, Libânia. Quadros, Jânio. In: ABREU, Alzira Alves de. Dicionário histórico-biográfico brasileiro, pós-1930 (DHBB). Rio de Janeiro: CPDOC/FGV, 2000. Disponível em: http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/ verbete-biografico/janio-dasilva-quadros. Acesso em: 3 jun. 2017.
MORAIS, Fernando. Chatô: o rei do Brasil. São Paulo: Companhia das letras, 1994.
MOTTA, Marly Silva da. Saudades da Guanabara: o campo político da cidade do Rio de Janeiro (1960-1975). Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2000.
ROMANO, Luís Antonio Contatori. A passagem de Sartre e Simone de Beauvoir pelo Brasil em 1960. São Paulo: Mercado das Letras, 2002.
SÁ MOTTA, Rodrigo Patto. João Goulart e a mobilização anticomunista de 1961-64. In: FERREIRA, Marieta de Moraes (Org.). João Goulart: entre a memória e a História. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2006.
SODRÉ, Nelson Werneck. História militar do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1965.
TOLEDO, Caio de Navarro. ISEB: fábrica de ideologias. São Paulo: Ática, 1977.
WAINER, Samuel. Minha razão de viver: memórias de um repórter. Rio de Janeiro: Record, 1988.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2017 Antíteses
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
A Revista Antíteses adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do(s) autor (es), que cedem à Revista Antíteses o direito de exclusividade de primeira publicação.
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito.
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/