Conceito substantivo escravidão africana no Brasil: uso e apropriações das narrativas do manual didático pelos alunos e professora

Autores

  • Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd Universidade Federal do Paraná - UFPR

DOI:

https://doi.org/10.5433/1984-3356.2012v5n10p589

Palavras-chave:

Ensino de História, Educação Histórica, Manuais didáticos, Narrativas históricas, Conceito substantivo

Resumo

Tomando como referência autores que têm discutido a questão dos manuais didáticos de história, especialmente, Jörn Rüsen (1997; 2010; 2012), busco nesse trabalho apresentar alguns dos resultados da pesquisa que está sendo desenvolvida no Pós-Doutorado, no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná, mais especificamente, no Núcleo de Pesquisas em Publicações Didáticas, sob a supervisão da Profa. Dra. Tânia Maria Braga Garcia, mais especificamente, em relação ao uso e apropriações que alunos e professora fazem das narrativas históricas presentes no manual didático, relativamente ao conceito substantivo escravidão africana no Brasil. O público alvo em questão envolveu alunos (11 a 13 anos de idade) de uma turma de 7º ano do ensino fundamental de uma escola da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Algumas considerações podem ser apontadas, entre elas a de que o manual didático de história tem sido usado pela professora constituindo-se no “texto visível do código disciplinar da história escolar” (CUESTA FERNANDES, 1997; 1998), uma das formas para se ensinar e aprender História. Em relação às apropriações das narrativas do manual didático pelos alunos, pode-se dizer que isso ficou expresso em suas narrativas, na medida em que incorporaram ideias presentes no manual após a intervenção didática.

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Biografia do Autor

Rosi Terezinha Ferrarini Gevaerd, Universidade Federal do Paraná - UFPR

Doutora em Educação pela Universidade Federal do Paraná. Professora de História da Rede Municipal de Ensino de Curitiba.

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Publicado

15-03-2013

Como Citar

GEVAERD, R. T. F. Conceito substantivo escravidão africana no Brasil: uso e apropriações das narrativas do manual didático pelos alunos e professora. Antíteses, [S. l.], v. 5, n. 10, p. 589–611, 2013. DOI: 10.5433/1984-3356.2012v5n10p589. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/antiteses/article/view/13340. Acesso em: 19 mar. 2024.