A EXPERIÊNCIA DE MULHERES EM TERRITÓRIOS PERIFÉRICOS: ENTRE SILENCIAMENTOS E REDES DE PROTEÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2018.v4.32547Resumo
Este artigo se propõe analisar a experiências de mulheres participantes de empreendimentos de economia solidária em Curitiba e região, à luz da sociologia da violência e da noção de reciprocidade maussiana como indutora de redes de proteção. As práticas de economia solidárias aqui analisadas se dão em contextos periféricos nos quais a cidadania é comumente regulada: parcial, incompleta, insuficiente logo segregadora, acentuada pelas assimetrias econômicas, territoriais e de gênero. Os clubes de troca, surgidos como alternativa a recessões econômicas converteram-se em espaços de trocas que ultrapassaram a materialidade dos objetos incidindo sobre as participantes de modo a oportunizar deslocamentos identitários significativos. A hipótese central é de que embora os processos de segregação sócio espacial e as assimetrias de gênero imponham sobre essas mulheres uma espécie de “sociabilidade dos confinados” as redes criadas a partir de trocas solidárias propiciariam mecanismos efetivos de proteção próxima. O território e as contingências são as mesmas, mas mudam os sujeitos e o modo como passam a ocupar posições e restabelecer sociabilidades a partir da reciprocidade. Os dados empíricos foram obtidos por meio de observação participante e entrevistas em profundidade realizadas como parte de pesquisa doutoral já concluída. Os resultados obtidos indicam mudanças substanciais no cotidiano das participantes dos empreendimentos especialmente no que concerne à conquista de autonomia e cidadania por meio da ressignificação de suas identidades como sujeitos e da pertença a um coletivo como forma de resistência.
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