AS POLÍTICAS HABITACIONAIS DO PROGRAMA “MINHA CASA MINHA VIDA” NO MUNICÍPIO DE ALFENAS - MG: PLANEJAMENTO URBANO E SEGREGAÇÃO ESPACIAL DO BAIRRO SANTA CLARA
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2017.v3.31918Resumo
O presente artigo tem por objetivo analisar a segregação espacial no Município de Alfenas-MG a partir da implementação do programa “Minha Casa Minha Vida”, particularmente o bairro Santa Clara. Para isso, o trabalho apresenta referências teóricas de estudos sobre as políticas habitacionais e sua relação com a segregação espacial nas cidades. Para tanto, utilizou-se do sofware ArcGis e Google Earht na elaboração de mapas, auxiliando a caracterização e reconhecimento da área estudada. Desde a expansão das cidades, a partir do século XIX na Europa, o acesso a moradia e o direito à cidade sofreram consequências significativas. Impulsionadas pela lógica de acumulação capital, a terra obteve valorização comercial (moeda de venda e de troca). Com isto, morar próximo de equipamentos públicos e de serviços tornou-se altamente caro para a população e lucrativo para mercado imobiliário. A adoção de políticas habitacionais pelo governo federal desde a década de 1960 no Brasil, entre eles o BNH (Banco Nacional de Habitação) e o “Minha Casa Minha Vida” não abandonaram por completo a lógica imobiliária especulativa na cidade. Por fim, este modelo apresenta contradições da relação entre as políticas habitacionais e os interesses especulativos que objetivam unicamente o lucro e a acumulação de capital.
Palavras- chave: Cidade; Política Habitacional; Segregação espacial.
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