A REESTRUTURAÇÃO DA TERRA INDÍGENA DA BARREIRA DA MISSÃO, NO MUNICÍPIO DE TEFÉ/AM
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2021.v7.44819Palabras clave:
Território indígena, Capitalismo, Territorialidade.Resumen
O artigo propõe uma reflexão sobre as mudanças no padrão de vida dos moradores da Terra Indígena da Barreira das Missões devido o avanço das forças capitalistas em direção às suas terras, bem como, as transformações ocorridas ao longo do tempo. O objetivo da pesquisa foi compreender, através de um olhar geográfico, como o capitalismo se manifesta redefinindo o espaço, o território e o modo de produção da terra indígena em função da implementação de um grande projeto. Milton Santos (1996) considera o espaço como um conjunto de relações realizadas através de funções e formas apresentadas historicamente por processo tanto do passado como do presente. Na categoria território, foram utilizadas as três compreensões apontadas por Haesbaert (2004), onde estão compostas múltiplas dimensões. As metodologias apresentadas visaram identificar, observar e descrever as principais mudanças na terra indígena, assim como no território, para isso foi utilizado a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. A partir do estudo afirma-se que a Terra Indígena sofreu uma reestruturação ao longo da história, sobretudo a partir da implementação da estrada da EMADE, em consequência, as comunidades localizadas na terra indígena foram se reorganizando de maneira diversa, atendendo aos reclames da produção do capital.Descargas
Citas
BIONDI, Antonio. Monteiro, Mauricio, Glass, Verena. O Brasil dos agrocombustíveis: Impactos das Lavouras sobre a Terra, o Meio e a Sociedade- Palmáceas, algodão, milho e pinhão-manso. Setembro de 2008. ISBN 978-85-61252-04-5.
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Tradução Fernando Tomaz (português de Portugal). 13. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.
BRASIL. Ministério da Justiça e Segurança Pública. Estatuto da Fundação Nacional do Índio. Decreto nº 9.010, de 23 março de 2017, publicado no Diário Oficial da União de 24 de marco de 2017.
DARDEL, E. O homem e a terra: Natureza da realidade geográfica. São Paulo, Perspectiva, 2011.
EGON HECK, FRANCISCO LOEBENS e PRISCILA D. CARVALHO, Amazônia indígena: conquistas e desafios (2005).
FAULHABER, Priscila. Estrutura fundiária e movimentos territoriais no Médio Solimões- Notas preliminares. Departamento de Ciências humanas, Museu paraense Emilio Goeldi/CNPQ/MCT, 1987.
FAULHABER, Priscila. O Lago dos espelhos: etnografia do saber sobre a fronteira em Tefé/ Amazonas. Belém: Museu Paraense Emilio Goeldi, 1998.
FAULHABER, Priscila; MONSERRAT, Ruth (Orgs.). Tastevin e a Etnografia Indígena. Rio de Janeiro: Museu do Índio. 2005.
FERREIRA. Denison da Silva. TERRITÓRIO, TERRITORIALIDADE E SEUS MÚLTIPLOS ENFOQUES NA CIÊNCIA GEOGRÁFICA. CAMPO-TERRITÓRIO: revista de geografia agrária, v. 9, n. 17, p. 111-135, abr., 2014. Onde encontrar o texto original: _le:///C:/Users/Marcelo/Downloads/19883-103330-1-PB.pdf .
FIGUEIREDO, Guilherme Gitahy de. Quando a cidade atraca nas aldeias: Barreira da Missão, Tefé – AM. Anais da na 26ª Reunião Brasileira de Antropologia. Porto Seguro, BA: Associação Brasileira de Antropologia, 2008.
FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para Trabalho Científico. 17.ed. Porto Alegre: Dáctilo Plus, 2015.
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (des)caminhos do meio ambiente/ Carlos Walter Porto Gonçalves, 14. ed. – São Paulo: contexto, 2006. (Temas atuais)
HAESBAERT, R. Dilema de conceitos: espaço-território e contenção territorial. In: SAQUET, M. A.; SPOSITO, E. S. Território e territorialidades: teoria, processos e conflitos. São Paulo: Expressão Popular, 2009, p. 95-120.
HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: Do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA Atlas do Censo 2010. Coordenação de Geografia. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, Atlas do censo Indígenas, 1991, 2000 e 2010, Coordenação de Geografia. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.
LADEIRA. M.E. Conceitos da antropologia que devem fundamentar um trabalho com populações indígenas. Centro de trabalho indigenista- CTI, 2002.
MOREIRA, Ruy. Pensar e ser em geografia: ensaios de história, epistemologia e ontologia do espaço geográfico, 1 ed, 1ͣ reimpressão. São Paulo: contexto, 2008.
OLIVEIRA, José Ademir de. As pequenas cidades da Amazônia: espaços perdidos e reencontrados. São Paulo: Contexto, 1999.
PRODANOV, Cleber Cristiano. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.
QUEIROZ, Kristian Oliveira de. A formação histórica do território tefeense. 1 ed. Curitiba: CRV, 2015.
SANTOS, Milton, 1926-2001. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção, 4 ed. 8. reimpr, - São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, 2014.
SANTOS, Milton, Economia espacial: críticas e alternativas. 2. Ed. São Paulo: editora da Universidade de São Paulo, 2011.
SANTOS, Milton. METAMORFOSES DO ESPAÇO HABITADO, fundamentos teórico e metodológico da geografia. Hucitec. São Paulo 1988.
SANTOS, Raimundo Nonato Freitas dos; Lugar e representação: um estudo sobre o bairro do Abial no município de Tefé/AM – Manaus: UFAM, 2012.
SOUSA, Isaque dos santos; A ponte do Rio Negro e a reestruturação do espaço na região metropolitana de Manaus: um olhar a partir de Iranduba a Manacapuru, Editora Reggo/UEA Edicoes, 2015.
WALLERSTEIN, I. Capitalismo histórico e Civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Geographia Opportuno Tempore
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Aviso de Direito Autoral Creative Commons
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre)
- Os autores cedem à Geographia Opprrtuno Tempore, direitos exclusivos de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Atribuição-NãoComercial-
CompartilhaIgual 4.0 Internacional. Esta licença permite que terceiros façam download e compartilhem os trabalhos em qualquer meio ou formato, desde que atribuam o devido crédito de autoria, mas sem que possam alterá-los de nenhuma forma ou utilizá-los para fins comerciais. Se você remixar, transformar ou desenvolver o material, não poderá distribuir o material modificado