Territorialização da luta e resistência de mulheres do Tapajós
DOI:
https://doi.org/10.5433/got.2021.v7.44868Palavras-chave:
Amabela. Tambor de Mina. AmazôniaResumo
Este artigo trata sobre a territorialização da luta e resistência de mulheres do Tapajós, Oeste do Pará, com foco em narrativas orais de mulheres camponesas da Associação de Trabalhadoras Rurais do Município de Belterra–Amabela, da cidade de Belterra e de mulheres de terreiro do Tambor de Mina, das cidades de Monte Alegre e Santarém. As narrativas orais são analisadas sob o escopo do conceito de território (Haesbaert, 2006), como categoria geográfica, bem como firmadas sob os conceitos de geografia e gênero (Nascimento Silva & Silva, 2011), Bem Biver (Acosta, 2016, Dillenburg, 2015, Quijano (2012), espaço vivido (Bollnow, 2008) e geografia das emoções (SILVA, 2016, 2018). A metodologia constrói-se com pesquisa de campo, narrativas orais e levantamento bibliográfico. A natureza da pesquisa é de abordagem qualitativa. O método abordado fundamenta-se na fenomenologia.
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