Manejo da sede: perspectiva do paciente cirúrgico queimado
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2022v43n1p177Palabras clave:
Sede, Queimaduras, Enfermagem perioperatória, Unidades de queimados, XerostomiaResumen
Objetivo: explorar a percepção de um paciente cirúrgico queimado em relação à sede e seu manejo no período pré-operatório e pós-operatório imediato.
Relato de caso: trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, exploratória, do tipo estudo de caso. Os critérios de inclusão foram: paciente estar internado no centro de tratamento de queimados, ser submetido a procedimento cirúrgico ou balneoterapia, ter experenciado a sede no período pré-operatório ou pós-operatório e ter recebido o manejo da sede. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista semiestruturada, gravada e transcrita. Paciente do sexo feminino, de 32 anos, admitida com queimaduras de segundo grau em extensão de tórax, membros superiores e pescoço por tentativa de autoextermínio com álcool. Passou por seis procedimentos e esteve internada por 15 dias até o momento da coleta. Experienciou o desconforto sede durante o jejum pré-operatório e pós-operatório, considerado intenso e muito estressante durante sua internação.
Conclusão: a partir da identificação do desconforto sede, utilizou-se como estratégia o picolé de gelo, que fez diferença em seu tratamento. O modelo de manejo da sede é pioneiro no cuidado ao paciente queimado e apresenta benefícios para minorar a sede.
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