A importância do CMA na detecção de um ganho na região crítica de 2p25.3 em um paciente com deficiência intelectual e catarata congênita

Autores

  • Lorraynne Guimarães Oliveira Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Irene Plaza Pinto Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Federal de Goiás
  • Aldaíres Vieira de Melo Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Federal de Goiás
  • Emília Oliveira Alves Costa Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Cláudio Carlos da Silva Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Federal de Goiás / Universidade Estadual de Goiás
  • Alex Silva da Cruz Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Aparecido Divino da Cruz Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp60

Palavras-chave:

CMA, Deficiência Intelectual, Anomalias oculares

Resumo

Deficiência intelectual é definida como redução no desempenho intelectual, que se manifesta antes dos 18 anos de idade e está associada às limitações importantes no funcionamento cognitivo e adaptativo, afetando de 1 – 3 % da população em geral. A catarata congênita é uma das principais causas de deficiência visual durante a infância e é detectada nos primeiros três meses de vida após o nascimento. O objetivo do estudo foi relatar um caso de um paciente encaminhado para o Laboratório de Citogenética Humana e Genética Molecular – LaGene/Lacen/SES e Núcleo de Pesquisas Replicon – NPR/PUC/GO com indicação clínica de atraso no desenvolvimento neuropsicomotor e catarata congênita no qual foi realizada a técnica de Análise Cromossômica por Microarranjos. O DNA genômico foi isolado usando o GE HealthCare IllustraTM blood GenomicPrep Mini Spin Kit. A Análise Cromossômica por Microarranjos usando Affymetrix GeneChip® CytoScanHDTM revelou um ganho de 110 kb na região cromossômica 2p25.3 incluindo 2 genes (PXDN e MYT1L). O gene MYT1L pertence à família de fatores de transcrição neural-específicos (MYT1) e sua expressão está restrita às regiões distintas do cérebro e sendo notavelmente alta no cérebro fetal. Estudos mostram que a haploinsuficiência deste gene está relacionada ao aparecimento do sinal clínico da deficiência intelectual, mas foi observado que a expressão aumentada deste gene também pode acarretar a deficiência intelectual. O gene PXDN codifica peroxidasin, uma proteína que está localizada no retículo endoplasmático e é secretada dentro do espaço extracelular, sendo este gene expresso no endotélio corneano. Estudos mostram que mutações em PXDN comprometem a integridade da membrana basal da lente e da córnea, interrompendo a formação de colágeno IV. Mutações em PXDN causam opacificação da córnea, cataratas e outras anomalias oculares. A análise cromossômica por microarranjo foi uma importante ferramenta para detectar um ganho na região cromossômica 2p25.3 e identificar os genes envolvidos, sendo possível correlacionar o achado citogenômico com o fenótipo clínico do paciente. É importante fazer o aconselhamento genético para ajudar a compreender a causa genética do fenótipo da criança e fazer o cálculo de risco de recorrência, proporcionando à família uma melhora da qualidade de vida.

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Biografia do Autor

Lorraynne Guimarães Oliveira, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Genética / Escola de Ciências Agrárias e Biológicas / Núcleo de Pesquisas Replicon

Irene Plaza Pinto, Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Federal de Goiás

Escola de Ciências Agrárias e Biológicas / Núcleo de Pesquisas Replicon /Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biodiversidade, Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, Campus Samambaia, Goiânia, GO, Brasil

Aldaíres Vieira de Melo, Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Federal de Goiás

Escola de Ciências Agrárias e Biológicas / Núcleo de Pesquisas Replicon / Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biodiversidade, Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, Campus Samambaia, Goiânia, GO, Brasil

Emília Oliveira Alves Costa, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Genética / Escola de Ciências Agrárias e Biológicas / Núcleo de Pesquisas Replicon

Cláudio Carlos da Silva, Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Federal de Goiás / Universidade Estadual de Goiás

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Genética / Escola de Ciências Agrárias e Biológicas / Núcleo de Pesquisas Replicon / Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biodiversidade, Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, Campus Samambaia, Goiânia, GO, Brasil / Laboratório de Citogenética Humana e Genética Molecular, Secretaria de Saúde de Goiás, Goiânia, GO, Brasil

Alex Silva da Cruz, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Genética / Escola de Ciências Agrárias e Biológicas / Núcleo de Pesquisas Replicon

Aparecido Divino da Cruz, Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Federal de Goiás

Programa de Pós-Graduação Mestrado em Genética / Escola de Ciências Agrárias e Biológicas / Núcleo de Pesquisas Replicon / Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia e Biodiversidade, Rede Centro Oeste de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, Campus Samambaia, Goiânia, GO, Brasil / Laboratório de Citogenética Humana e Genética Molecular, Secretaria de Saúde de Goiás, Goiânia, GO, Brasil

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Publicado

2018-02-16

Como Citar

1.
Oliveira LG, Pinto IP, Melo AV de, Costa EOA, Silva CC da, Cruz AS da, et al. A importância do CMA na detecção de um ganho na região crítica de 2p25.3 em um paciente com deficiência intelectual e catarata congênita. Semin. Cienc. Biol. Saude [Internet]. 16º de fevereiro de 2018 [citado 3º de novembro de 2024];38(1supl):60. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/view/29451