Avaliação citogenotóxica de efluentes têxteis após tratamentos biológico e físico-químico
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp95Palabras clave:
Alterações cromossômicas, Aminas aromáticas, Corante azo, Allium cepa, Tratamento aeróbio intermitente, Vibrio fischeriResumen
No Brasil, muitas indústrias têxteis lançam seus efluentes em corpos d’água após realização de processos, como tingimento e alvejamento, sem tratamento prévio, gerando grandes impactos ambientais. O trabalho visou avaliar a toxicidade de diferentes efluentes têxteis após três tipos de tratamento mediante bioensaios (Allium cepa e Vibrio fischeri). Para isso, foram realizados dois experimentos: um com efluentes reais [bruto (BR) e tratado por meio físico-químico (FQ)] oriundos de uma lavanderia têxtil localizada em Caruaru (PE) e o segundo com efluentes sintéticos [bruto (BS) e tratado por meio anaeróbio (TAN) e aeróbio intermitente (TAI)] provenientes do Laboratório de Saneamento Ambiental – UFPE. Nos dois experimentos, foram avaliados os potenciais tóxico, citogenotóxico e mutagênico mediante sistema-teste Allium cepa. Sementes de A. cepa foram germinadas nos efluentes citados a fim de verificar a eficiência dos diferentes tratamentos. Foram utilizados como controles negativo (CN), água ultrapura e positivos, o Metil metano-sulfonato (4×10-4 M) e a Trifluralina (0,84 ppm de princípio ativo). Após germinação, raízes foram fixadas em etanol: ácido acético, 3:1 (v:v) e utilizadas na preparação das lâminas. Foram analisadas 5.000 células/tratamento. Os resultados foram comparados ao CN mediante teste de Kruskal-Wallis (p<0,05). Para os efluentes reais (tratado e não tratado), foi observada toxicidade até o quarto dia de germinação pelo teste de A. cepa. Porém, após os 21 dias de experimento esses efluentes não apresentaram toxicidade, corroborando o bioensaio Vibrio fischeri. Verificou-se aumento do índice de genotoxicidade em relação a CN em 63,3% e 52,1% para o efluente bruto sintético (BS) e (TAN), respectivamente, bem como redução de 65% para o TAI, quando comparado a CN. Esta redução da genotoxicidade parece estar relacionada à remoção de aminas aromáticas pelo reator com aeração intermitente (TAI). Adicionalmente, os três tratamentos apresentaram remoção de cor [64,1% (FQ); 77,1% (TAN), e 75% (TAI)], sendo os tratamentos biológicos considerados os mais eficientes para este parâmetro. Esses resultados mostram a importância em unir dois ou mais processos de tratamento, visando a uma maior eficiência na redução de poluentes presentes nos efluentes líquidos, lançados em corpos hídricos ou transferidos para o lodo sólido gerado ao final do processo.
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