O número cromossômico em Simaba Aubl. e seu significado dentro da família Simaroubaceae
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0367.2017v38n1suplp213Palabras clave:
Sapindales, Eudicotiledôneas, Endêmicas, Bandamento CMA/DAPIResumen
Simaba Aubl. é o maior gênero da família Simaroubaceae e possui cerca de 25 espécies distribuídas principalmente na América do Sul. As espécies de Simaba são ecológica e morfologicamente diversas e a maioria ocorre no Brasil, sendo várias delas endêmicas. Tem sido registrada a presença destas espécies nos mais diversos ambientes, desde o domínio da Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica até a Caatinga. Existem duas classificações infragenéricas contrastantes, mas estudos filogenéticos e morfológicos sugerem uma reavaliação das seções. A citogenética e em particular o número cromossômico são ferramentas de grande utilidade na determinação da evolução de um grupo. Em Simaroubacea poucos são os estudos cromossômicos e Simaba, particularmente, carece deles. Até o momento para a família os registros indicam números básicos de x = 8-16. Deste modo, o presente trabalho objetivou averiguar o número cromossômico das seguintes espécies endêmicas do Brasil: S. arenaria Devecchi & Pirani (sem sect. definida), S. floribunda A.St.-Hil. e S. bahiensis Moric. (ambas, S. sect. Floribundae Engl.) e o padrão de bandamento CMA/DAPI (regiões ricas em CG e AT, respectivamente) nas duas últimas. Os dados cromossômicos foram obtidos por meio de análise de células mitóticas de raiz secundária. Após o bandamento, as lâminas foram envelhecidas por 5-7 dias em estufa a 37°C para o registro das imagens. As três espécies analisadas apresentaram 2n = 32. Em relação ao padrão de bandas CMA/DAPI, S. bahiensis e S. floribunda apresentaram quatro bandas CMA+/DAPI- em posição terminal. De acordo com os dados presentes na família, Simaba poderia apresentar o número básico x = 8 ou x = 16. Em Simaroubaceae, igual número cromossômico (2n = 32) tem sido observado em Simarouba glauca (x = 8) e Leitneria floridana (x = 16). Simaba e Leitneria se encontram em clados distantes e o posicionamento da última dentro da família é recente e ainda muito controvertido. A análise de um maior número de espécies e também da obtenção de dados adicionais, como tamanho do genoma, poderá contribuir para uma melhor circunscrição do gênero e da família como um todo.Descargas
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